Maputo, 23 Dez (AIM) – Moçambique dispõe de um novo instrumento de avaliação da qualidade de produtos, a partir da base, de modo a garantir a exportação e importação dentro dos parâmetros aceites internacionalmente.
Trata-se de um novo certificado fitossanitário, que substitui o anterior, e visa aprimorar os métodos de certificação à luz do regulamento da Organização Mundial do Comércio (OMC).
“Com o novo certificado pretende-se ter a capacidade de, a partir da base, indicar que tipo de métodos de limpeza, de tratamento e de melhoramento da qualidade foram feitos”, disse o Ministro da Indústria e Comércio (MIC), Silvino Moreno, à margem da segunda Sessão Ordinária do Comité Nacional de Facilitação do Comércio, na sexta-feira (22), em Maputo.
“O que se pretende com o novo certificado fitossanitário é que ele contenha elementos que permitam aferir se os produtos a serem exportados têm a qualidade necessária”, explicou.
Acrescentou que os produtos, sobretudo vegetais e animais, com o passar do tempo, ou quando colhidos, têm sempre algumas impurezas, sendo por isso necessário fazer-se análises laboratoriais.
“Há todo um processo, laboratórios e outros agentes de fumigação, que devem entrar em acção para que a validade ou a qualidade destes certificados seja aceite a nível internacional”, disse.
Referiu que os países membros da OMC são proibidos de levar doenças dos seus produtos alimentares ou produtos agrários para outros países e a única forma de evitar isso é usar os laboratórios “e ter a certeza que o que estamos a levar para fora está em condições.”
Na mesma ocasião, revelou que Moçambique exportou mais de 200 mil toneladas de feijão bóer para a Índia e espera-se exportar a mesma quantidade nos próximos tempos.
Em relação à especulação de preços, Moreno reconheceu que “há tentativa de aumento de preços em algumas cidades, mas o nosso sinal está lá, de forma pronta e de forma rígida, a evitar que isso aconteça”.
Garantiu não haver falta de produtos.
(AIM)
Samuel Nhamurave (SNN)/dt