
Maputo, 06 Jan (AIM) – A empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM – EP) admite a existência de técnicos que podem estar envolvidos em esquemas de montagem de redes clandestinas de fornecimento de energia eléctrica.
O presidente do Conselho de Administração da EDM, Marcelino Gildo, que reconheceu o facto, disse estar em curso uma acção arrojada, a nível nacional, visando desmantelar tais redes.
Marcelino Gildo disse, a título de exemplo, que a EDM, em colaboração com a Polícia moçambicana (PRM), está no encalço de alguns cidadãos envolvidos na rede clandestina de fornecimento de energia eléctrica, e parte desse grupo foi já desmantelada na província central de Tete.
Os indivíduos em causa são, igualmente, indiciados no crime de roubo e vandalização de diverso equipamento da empresa naquela região.
Marcelino Gildo disse à Rádio Moçambique (RM), empresa pública, que já há um detido em Moatize, província central de Tete, em conexão com o caso e que a instituição trabalha para identificar os seus quadros, possivelmente, envolvidos no esquema.
Os bairros Mpaduè, Samora Machel, Mateus Sansão Muthemba, Filipe Samuel Magaia e Josina Machel, na cidade de Tete, são os que registam mais casos de roubo e vandalização de infra-estruturas eléctricas.
O mesmo ocorre nos bairros Primeiro de Maio, Nhachere e 25 de Setembro, no distrito de Moatize, na mesma província, como também um pouco pelo país.
Alumínio e Cobre estão entre os principais elementos extraídos para a comercialização no estrangeiro.
A EDM calcula os prejuízos acumulados durante o ano passado de 2023 em cerca de 30 milhões de meticais (cerca de 468 mil usd) decorrentes do roubo e vandalização de suas infra-estruturas em todo o país.
(AIM)
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