
Maputo, 06 Jan (AIM) – O Ministério moçambicano da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) necessita de mais 12 mil professores para satisfazer as necessidades do sector em todos os subsistemas de ensino.
“Nós nos sentiríamos confortáveis se contractássemos cerca de 12 mil professores,” disse o porta-voz do MINEDH, Manuel Simbine.
“Aí sim, não teríamos questões de segunda turma e reduziríamos, significativamente, situações de horas extras”, acrescentou.
A fonte falava sexta-feira (05), em Maputo, em conferência de imprensa no âmbito de preparação do início do ano lectivo 2024.
Simbine disse que para o presente ano lectivo, o executivo moçambicano vai contractar 2.803 professores para o ensino secundário e primário, sendo 684 docentes N1 [com nível superior], 1.277 docentes N2 [com a formação de 12 + 3] ambos para leccionar no ensino secundário, e 842 docente N3 [com a formação de 12+1] para o primário.
Segundo a fonte, com a contratação de 2.803 professores, o MINEDH passará a contar com cerca de 162.803 professores.
Um total de 160 mil professores vinha assegurando o sistema de ensino e aprendizagem, a escala nacional.
Simbine reconheceu que o número de professores a ser contractado está aquém das necessidades do sector. Mas garante que os professores que se vão juntar aos já em exercício têm qualificações necessárias para assegurar o funcionamento pleno das escolas.
Segundo o porta-voz, a nova abordagem de formação de professores habilita-os para trabalhar de forma inclusiva.
“Enquanto não pudermos contractar professores à medida da necessidade de cada escola, vamos continuar a gerir situações de horas extras, segunda turma, e turmas com número de alunos que ultrapassam a meta,” disse.
Simbine revelou, ainda, que o MINEDH dispõe de uma rubrica de 900 milhões de meticais (cerca de 14 milhões usd) para o Apoio Directo às Escolas (ADE) e que se espera que até ao fim do primeiro trimestre chegue às escolas.
Lembrou que a dois de Outubro iniciaram as matrículas da primeira classe, cuja projecção era de 1.600.000 e até a última semana de Dezembro haviam sido inscritos 1.100.000 alunos, o equivalente a 72 por cento.
Acrescentou que neste momento decorrem matrículas dos graduados da 7/a e 11/a classes cujas previsões são de 855.286 até 22 de Janeiro.
Apelou aos pais e encarregados de educação que, por alguma razão, não fizeram a matrícula dentro dos prazos para dirigirem-se à escola para fazer a inscrição dos seus educandos.
Para Simbine, nenhuma criança deve ficar fora da escola pois o MINEDH é por uma Educação Inclusiva, Patriótica e de Qualidade.
Apelou ainda aos país e encarregados de educação que vão optar pelas escolas privadas a apurarem a legalidade das mesmas. Devem verificar se as escolas têm alvará para leccionar, sob o risco de, no fim do ano, não terem o respectivo diploma se a escola não estiver devidamente licenciada.
(AIM)
Samuel Nhamurave (SNN)/mz