Maputo, 07 Jan (AIM) – O Conselho Municipal de Maputo (CMM), a capital moçambicana, está a mobilizar recursos financeiros adicionais para melhorar o serviço de recolha de resíduos sólidos.
O objectivo da acção é permitir a retoma deste serviço, interrompido em vários pontos do território municipal.
Para além dos recursos financeiros, o CMM está a coordenar com a Associação moçambicana de Micro Empresas de Prestação de Serviços (AMMEPS) no sentido de apoiar na identificação e mapeamento de locais críticos, de modo a facilitar a priorização das intervenções.
Um comunicado de imprensa recebido este domingo (07) na redacção da AIM indica que “face à situação, o CMM lançou mãos aos meios próprios disponíveis para cobrir a interrupção dos serviços por parte da empresa contratada.”
Importa recordar que para aprimorar a eficiência na gestão deste serviço, a edilidade decidiu terceirizar a recolha secundária, transporte e deposição final do lixo na lixeira de Hulene.
Segundo a fonte, “depois de um período em que esta opção deu sinais de ter sido acertada, o Município começou a registar incapacidade financeira para a liquidação imediata das facturas submetidas pelos provedores do serviço”.
Este problema, explica a edilidade, “levou à acumulação de dívidas em montantes elevadíssimos, sobretudo com duas das empresas contratadas.”
Consciente dos problemas que a falta de pagamento atempado causa às empresas contratadas para o serviço, o CMM “tem estado a seguir um plano de gestão financeira que todos os meses prioriza pagamentos parcelares a estas empresas, chegando algumas vezes a sacrificar actividades igualmente importantes, em particular investimentos em infra-estruturas.”
O CMM reconhece que apesar deste esforço, “o fosso entre os pagamentos efectuados e a dívida acumulada tem estado a crescer continuamente, gerando um ambiente de crispação entre o Município e os gestores das empresas contratadas.”
“Esta situação agrava-se particularmente sempre que se aproxima a quadra festiva, levando a ameaças frequentes de paralisação dos serviços,” explica o CMM.
A fonte referiu que nos dias que se seguiram ao anúncio da paralisação da recolha, por parte da empresa contratada, os pelouros de Planificação e Finanças e Ordenamento Territorial, Ambiente e Construção “desdobraram-se na tentativa de encontrar formas de tranquilizar a empresa e sensibilizá-la a não paralisar os serviços.”
Refira-se que a dívida total com a empresa, “com sinais de pagamento efectuados ao longo da semana”, é de cerca de 160 milhões de meticais (cerca de 2,5 milhões de dólares) das facturas processadas pelo CMM e datam desde Fevereiro até Dezembro de 2023.
(AIM)
mz