Nestor Magado, da AIM, em Machipanda
Machipanda (Moçambique) 19 Jan (AIN) – O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, reafirmou esta sexta-feira (19) que a entrada em funcionamento da fronteira de Machipanda num período de 24 horas por dia vai contribuir para o crescimento económico de Moçambique e Zimbabwe, incluindo outros países da região austral de África.
A fronteira de Machipanda está localizada na província de Manica, centro de Moçambique, e faz limite com o Zimbabwe.
Desde segunda-feira (15), a fronteira passou a funcionar 24 horas, contra as anteriores 18, das (06 às 22 horas).
Segundo o ministro, a decisão resulta de uma negociação entre os governos dos dois países (Moçambique/ Zimbabwe) e tem como objectivo melhorar a circulação de pessoas e bens de e para Moçambique, bem como na região da África Austral.
“Viemos confirmar a abertura e o funcionamento da fronteira de Machipanda durante 24, que resulta de um acordo com o governo do Zimbabwe. Saímos satisfeitos porque pensamos estar resolvido um problema de mobilidade entre os dois países”, disse Magala, durante a sua àquela fronteira.
Reiterou ser uma medida que vai beneficiar Moçambique e Zimbabwe. “Dantes, tínhamos longas filas de camiões nos dois sentidos esperando por alguns procedimentos, o que levava várias horas. Hoje, mesmo à meia noite, podemos viajar sem nenhum constrangimento”.
Magala disse acreditar que, com esta entrada em funcionamento da fronteira, estarão facilitadas as trocas comerciais, o que poderá dinamizar as economias de Moçambique e Zimbabwe, no contexto de integração regional.
“Os moçambicanos e zimbabweanos já podem se visitar a qualquer hora. Acreditamos que o comércio também vai fluir na medida em que os povos dos dois países têm, pela primeira vez na história, a fronteira de Machipanda aberta ao público durante 24 horas”, considerou o governante.
Entretanto, o ministro dos transportes e infraestruturas do Zimbabwe, Felix Mhona, disse estar satisfeito, pois, a medida vai flexibilizar a circulação de pessoas e mercadorias para os dois países.
“Vim aqui manifestar a minha satisfação e, em nome do governo do Zimbabwe, nas pessoas do presidente Emmerson Munangagwa, do Zimbabwe, e Filipe Nyusi (Moçambique), referir que chegamos ao fim de um processo de negociação que culminou com a abertura da fronteira de Machipanda” disse, Mhona.
“Acreditamos que vem aliviar o sofrimento da população e acelerar o crescimento económico. A população já pode viajar à vontade sem olhar para o tempo. Desenvolver suas actividades sem nenhuma restrição imposta pelo tempo, como acontecia anteriormente”, afirmou.
A fronteira de Machipanda permite ligação com o Zimbabwe e outros países do inteland.
Diariamente, passam por aquela fronteira centenas de camiões de longo curso com mercadoria de e para o porto da Beira, na província central de Sofala.
No passado, viam-se longas filas de camiões do lado de Moçambique com destino ao Zimbabwe e outros países. Porém, esta semana, o fluxo reduziu consideravelmente.
O processo de desembaraço aduaneiro, por exemplo, é feito em pouco tempo, o que tem descongestionado a fronteira de Machipanda (Moçambique) e do Fobs (Zimbabwe).
A visita do ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações ao Zimbabwe iniciou na passada quarta-feira (17) e termina sábado.
(AIM)
Nestor Magado (NM)/dt