Aburi Hills (Gana), 27 Jan (AIM) – O Primeiro-Ministro (PM) de Moçambique, Adriano Maleiane, reafirmou a determinação de Moçambique em continuar a implementar medidas e acções que concorram para o incremento da produção industrial nacional, privilegiando o uso da matéria-prima local.
O Primeiro-Ministro, que falava este sábado (27), em Aburi Hills, por ocasião dos diálogos para prosperidade em África 2024 (APD 2024), evento que decorreu nesta região da República do Gana, entre quinta-feira e sábado (27), disse que o privilégio vai, igualmente, para o aumento das trocas comerciais, em particular com os países africanos.
“Reafirmamos a determinação de Moçambique em continuar a implementar medidas e acções que concorram para o incremento da produção industrial nacional, privilegiando o uso da matéria-prima local, estimular o aumento das trocas comerciais, em particular com os países africanos,” afirmou.
Perante uma enorme plateia, entre líderes políticos, empresariais, entre outros, que durante três dias debateram diversificados temas a volta do lema “Proporcionar Prosperidade em África: Produzir, Acrescentar Valor e Desenvolver o Comércio”, Maleiane disse acreditar que com “esta abordagem estaremos a contribuir para a consolidação da Zona do Comércio Livre Continental Africana, e para o alcance dos objectivos da Agenda Africana 2063.”
Maleiane disse que, para Moçambique, o evento assume significativa importância por estar em consonância e alinhado com os esforços do país em assegurar e acelerar a materialização da Zona do Comércio Livre Continental Africana e, consequentemente, promover e reforçar as relações económicas e comerciais entre os países africanos.
“Acreditamos que para promover e reforçar as relações económicas e comerciais devemos assegurar um envolvimento cada vez mais vibrante do sector empresarial e das instituições financeiras nacionais, regionais e internacionais,”, afirmou Maleiane.
Acrescentou que “isto irá nos permitir incrementar o investimento em tecnologias e inovação, criando desta forma bases sólidas e seguras para o aumento da produção, e industrialização através da adição de valores às nossas matérias-primas.”
Segundo o Primeiro-Ministro, o envolvimento activo do sector empresarial, como parceiro estratégico, irá também “nos permitir promover o desenvolvimento de infra-estruturas logísticas indispensáveis para facilitar, melhorar as trocas comerciais e a circulação de pessoas e bens nos nossos países.”
Para Moçambique, explicou Maleiane, a agricultura é por si só um factor de inclusão sócio-económica, uma vez que é um sector que emprega grande parte da população moçambicana e é também o principal dinamizador do processo da diversificação e industrialização da nossa economia.
No quadro da dinamização agrária de Moçambique, o executivo, referiu o Primeiro-Ministro, apostou sobretudo na agro-indústria que se alicerça no “SUSTENTA”, um programa nacional de integração de famílias de pequenos agricultores em cadeias de valor produtivas e de comercialização.
Assegurou que “o programa “SUSTENTA” está a contribuir para a transformação estrutural da economia rural do nosso país, bem como para a dinamização da agro-indústria, utilizando matérias-primas locais no quadro do Programa Nacional Industrializar Moçambique (PRONAI).”
Disse que o processo da industrialização de Moçambique conta com o envolvimento e participação activa do sector privado, sobretudo das Micro, Pequenas e Médias empresas (MPMEs), bem como o apoio de instituições financeiras nacionais, regionais, continentais e internacionais.
Maleiane felicitou, na ocasião, o Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, pela iniciativa de diálogo para a prosperidade em África por constituir uma plataforma que “nos permite buscar, em conjunto, soluções holísticas visando promover o desenvolvimento e impulsionar o comércio intra-africano.”
O Primeiro-Ministro estendeu as saudações ao Secretariado da Zona do Comércio Livre Continental Africana e a todas instituições que, de forma directa ou indirecta, contribuíram para a realização do importante evento para o contínuo crescimento socio-económico do continente africano.
O objectivo deste fórum é encontrar formas para rapidamente atingir-se o nível de desenvolvimento que a África pretende forçar a implementação do acordo do comércio livre no continente africano.
(AIM)
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