Lixeira de Hulene, na cidade de Maputo. Foto arquivo
Maputo, 29 Jan (AIM) – O Município de Maputo afirma que a Lixeira de Hulene, localizada na capital moçambicana, ainda tem espaço suficiente para receber mais lixo, mas reconhece haver dificuldades de acesso no local.
A garantia foi dada recentemente pelo director municipal de Ambiente e Salubridade na cidade de Maputo, Sérgio Manhique, falando sobre a gestão dos resíduos sólidos naquela lixeira que já ameaça invadir a avenida Julius Nyerere.
A fonte da edilidade disse que o problema, para já, é a dificuldade de aceder aquele espaço, no entanto, a lixeira ainda está em condições para ser usada.
“O grande problema é como chegar lá, mas o que estamos a fazer é preparar os acessos para lá. Mas ainda temos espaço para a deposição de lixo. Mas quando chove há grande acumulação das águas de chuva”, disse a fonte.
Sobre o encerramento da lixeira, Manhique diz que não há datas, mas já decorrem estudos no distrito municipal da Ka Tembe para a construção de um novo aterro sanitário.
O posicionamento da edilidade sobre a situação da lixeira, surge numa altura em que ambientalistas apontam para a situação de lixo no país como deveras complicada e preocupante, sobretudo na cidade de Maputo onde constitui uma ameaça contra a saúde pública.
Além da cidade de Maputo, vários ambientalistas também consideram excessiva e preocupante a situação de lixo noutras grandes cidades, tais como Nampula, onde a edilidade local mostra-se incapaz de recolher os resíduos sólidos, cenário que coloca os munícipes numa situação de vulnerabilidade.
Na semana passada, o Presidente da República, Filipe Nyusi, comentou sobre a situação do lixo em Maputo, apelando à colaboração dos munícipes na gestão do lixo, uma vez que, na sua visão, a culpa não recai apenas sobre o município, mas também aos próprios munícipes.
Refira-se que a cidade de Maputo gera acima de mil toneladas de resíduos sólidos dos quais acima de 100 ficam por recolher por incapacidade da edilidade.
A dificuldade para a recolha de lixo nas principais autarquias do país tornou-se mais notável quando falta menos de duas semanas para a tomada de posse dos edis sufragados nas últimas eleições autárquicas de 2023.
(AIM)
PC/sg
