Maputo, 04 Fev (AIM) – O governo moçambicano está a mobilizar recursos para activar a brigada anti-raptos no país, anunciou, sábado (03), o Presidente da República, Filipe Nyusi.
Nyusi, que falava em Maputo durante as cerimónias centrais alusivas ao Dia dos Heróis Moçambicanos, revelou que estão em formação dentro e fora do país grupos diversificados para o combate ao mal que afecta o país desde 2011.
“A brigada existe. Precisamos é de agir”, frisou.
“Os grupos diversificados (de combate aos raptos) foram e continuam a ser formados fora e dentro do país, estando a ser mobilizados recursos para a sua activação efectiva”, assegurou.
Destacam-se, entre os obstáculos que as autoridades moçambicanas enfrentam no combate ao mal, a falta de meios adequados para fazer face ao crime. Por isso, o estadista moçambicano fez questão de garantir que “estamos a trabalhar no âmbito da cooperação internacional”, a fim de “estabelecermos vínculos de actuação conjunta no combate a este mal associado a ganância e corrupção”.
“Aprimoramos os sistemas de vigilância e patrulha para as acções de prevenção e combate ao rapto. Também intensificamos as acções de coordenação com as estruturas locais e o cidadão em geral no quadro do reforço da vigilância e actividade locais suspeitas”, avançou Nyusi.
Em paralelo, disse o Chefe de Estado, está em curso a revisão do quadro legal da Polícia da República de Moçambique (PRM) e Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) para adequá-los aos desafios impostos pelo crime organizado e transnacional.
“Estamos a estabelecer um mecanismo de colaboração com o sector empresarial nacional no âmbito da coordenação com o sector privado para a prevenção e combate a este fenómeno”, acrescentou.
Em 2023 as autoridades policiais registaram 13 crimes de rapto dos quais, sete consumados e seis frustrados pela acção policial e colaboração com a as comunidades.
Dos sete casos consumados seis foram esclarecidos e as vítimas restituídas ao convívio familiar, incluindo três resgatadas dos cativeiros no culminar de acções de investigação e intervenção policial
Em conexão com os casos referidos foram detidos 38 suspeitos, incluindo três cidadãos de nacionalidade sul-africana e 35 moçambicanos. Também foram apreendidas três armas de fogo do tipo pistola, 26 munições, quatro viaturas seis telemóveis, desmantelados dois cativeiros e duas residências
“Este mal não deve surgir no nosso país, pelo que requer a colaboração de todos incluindo as famílias dos que foram afectados”, concluiu Nyusi.
(AIM)
CC/sg