Maputo, 10 de Fev (AIM) – O braço-de-ferro entre Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) e o Governo continua e os professores dizem que, caso o executivo não pague os 13 meses em atraso das horas extraordinários, poderão não assegurar trabalhos no período referente às horas-extras e o segundo turno.
No entender da ANAPRO, o governo não tem feito o suficiente para solucionar o diferendo que separa a classe e o executivo, apelando-o a procurar uma solução pontual ao clamor dos professores.
“Continuamos de viva voz a informar ao MINEDH, ao Governo Central e a sociedade, no geral, que os professores não irão assegurar as horas-extras e segundo turno em 2024”, adverte a ANAPRO em comunicado, acrescentando que “as reivindicações continuarão a extremar até que se efective o pagamento da dívida na totalidade”.
A ANAPRO apela ainda, um comunicado enviado à AIM, que haja uma intervenção ao mais alto nível, como forma de orientar os dois ministérios envolvidos no imbróglio de horas extraordinárias, nomeadamente o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano e o Ministério de Economia e Finanças, a cumprirem a lei.
Os professores lembram que, o mesmo decreto de lei que estabelece o trabalho extraordinário dos professores, não constam termos como “paciência”, “gradualismo”, “verificação” e muito menos “validação”, termos que, segundo ANAPRO, têm sido usados pelo governo para atrasar cada vez mais o pagamento das horas-extras.
Até hoje, os professores dizem que as horas extraordinárias só foram pagas, em algumas escolas, valor correspondente a dois meses, contra 13 meses em dívida.
(AIM)
Paulino Checo (PC)/dt