
Maputo, 11 Fev (AIM) –A China continua a maior financiadora e construtora de grande parte das infra-estruturas de que Moçambique beneficiou nos últimos anos, com destaque para a Ponte Maputo-KaTembe e as suas estradas de ligação, incluindo a Circular de Maputo, que emergem como o expoente máximo da cooperação.
Como fruto da cooperação chinesa no ramo de infra-estruturas, nos últimos 10 anos, adicionam-se a Estrada Nacional número seis (EN6) que liga a Beira a Machipanda, zona centro, a reabilitação dos troços dos caminhos-de-ferro de Moçambique e importantes intervenções no sector mineiro.
A constatação foi feita recentemente através de um documento a que AIM teve acesso, assinado pela delegada de Moçambique junto do Secretariado Permanente do Fórum de Macau, Francisca Reino, que é a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, na qual alega que a China é crucial para Moçambique.
“Grande parte das infra-estruturas de que Moçambique hoje beneficia foram construídas por empresas chinesas. A China é crucial para Moçambique”, disse Francisca Reino.
No documento, Francisca Reino evoca o contributo fundamental dado pelo governo chinês e por várias empresas da China no desenvolvimento de infra-estruturas no seu país natal, ao mesmo informa aos parceiros chineses os constrangimentos da EN1, estrada que assegura ligação Maputo-Rovuma, que neste momento se apresenta em péssimas condições de transitabilidade.
“A estrada dorsal que liga o Norte ao Sul, ainda não está consolidada. É um desafio. Eu diria que a via constitui o pilar de desenvolvimento do país, mas o seu estágio é um desafio”, complementa a representante de Moçambique
A fonte aponta a construção de infra-estruturas como a primeira e mais fundamental peça do quebra-cabeças económico que as autoridades moçambicanas se propõem resolver para alavancar a produtividade do país, reduzir a dependência externa e aliviar a pobreza.
No documento partilhado com o Fórum Macau, a fonte realça o pacote de medidas de aceleração económica adoptado pelo executivo moçambicano com o intuito de promover uma melhoria do ambiente de negócios e reforçar as estratégicas de atracção de capital e de investimento directo estrangeiro.
Para além das infra-estruturas vistas como a chave para o desenvolvimento pelo governo moçambicano, jogando papel fundamentais o crescimento económico do país, o documento aponta a agricultura, a indústria e o turismo como ramos da actividade económica nos quais a cooperação com a China e com entidades chinesas se têm prefigurado fundamental.
(AIM)
Paulino Checo (PC) /dt