Maputo, 11 Fev (AIM) – O jornalista Felisberto Firmino lança esta terça-feira (13), em Maputo, a sua primeira obra literária, com o título “Moçambique: Dívidas Ocultas na Voz dos Protagonistas”, um livro que procura apresentar o mosaico de situações e de personagens em cada fase deste caso.
O livro, prefaciado pelo académico italiano, Professor e Pesquisador Luca Bussotti, sai sob chancela da editora Kulera e será apresentado pelo académico José Paulino Castiano, professor com a cátedra de Filosofia Africana e vice-reitor Académico na Universidade Pedagógica de Maputo.
O autor explica que o “Moçambique: dívidas ocultas na voz dos protagonistas” não é um livro de ficção, pois as suas histórias e personagens são reais, por isso, eles são chamados pelos seus próprios nomes (nome completo).
“Contra todos os argumentos dos advogados de defesa dos réus, o julgamento que durou um ano e quatro meses (23 de Agosto de 2021 a 7 de Dezembro de 2022) foi público e aberto à imprensa até ao seu desfecho”, recorda Firmino, na antevisão do lançamento da obra.
O autor do livro recorre a algumas histórias diárias do julgamento publicadas pela imprensa sobretudo pela AIM (Agência de Informação de Moçambique), onde trabalha há quase quatro décadas. Fê-lo com o intuito de ajudar aqueles que não assistiram ao julgamento na televisão e não o ouviram na rádio a entender como é que um pequeno grupo de indivíduos astutos conseguiu em 2013 e 2014 endividar o país em mais de 2.2 mil milhões de dólares norte-americanos.
O livro “Moçambique: dívidas ocultas na voz dos protagonistas” não comenta as histórias. Mas para a melhor compreensão de tudo o que aconteceu, o leitor encontrará na obra o que cada réu disse, as intervenções do juiz presidente do caso, Efigénio Baptista, as perguntas da magistrada do Ministério Público, Ana Sheila Marrengula, as da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), que assistiu o Ministério Público no julgamento do caso, a dos advogados de defesa dos réus e o contributo dos declarantes.
O livro poderá ser uma forma permanente de recordação de um dos mediatizados casos, pois entende o autor que “a palavra radiodifundida ou televisionada tende a desvanecer com o andar do tempo.”
Felisberto Raimundo Firmino nasceu em Novembro de 1961, na cidade de Chimoio, em Manica. Passou uma parte da adolescência em Cuba, onde fez o ensino secundário, e outra em Maputo, onde concluiu o primeiro curso médio de Jornalismo, em Moçambique, instituído pela Escola de Jornalismo.
O autor foi graduado em jornalismo pela Universidade de Estudos de Urbino, na Itália, e licenciou-se em Ciências de Comunicação- Habilidade em Jornalismo pela Escola Superior de Jornalismo, e mestrado em Cooperação e Desenvolvimento pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo. Há quase quatro décadas que faz parte do quadro redactorial na sede da Agência de Informação de Moçambique (AIM).
(AIM)
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