Nampula, (Moçambique), 11 Fev (AIM) – A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, confirmou este domingo a detenção de um indivíduo, indiciado de incitação à violência contra órgãos do Estado.
Numa declaração à imprensa, o chefe da repartição de Relações Públicas no Comando Provincial da PRM, em Nampula, Dércio Samuel, descreveu que o indiciado tem proferido, sistematicamente, insultos contra a corporação, suas lideranças e até o Chefe de Estado.
“Já foi lavrada a peça que seguirá os seus trâmites legais”, destacou a fonte, escusando, porém, indicar o local onde está detido o indivíduo identificado, nos autos, por Joaquim Pachonea, solteiro de 36 anos de idade.
“O comando da PRM comunica que cerca das 08:45 minutos do dia 09 de Fevereiro, no recinto do aeroporto, houve a detenção de um indivíduo, vulgarmente conhecido por Jota, em virtude do mesmo estar a produzir, de forma sistemática vídeos, os quais partilha nas redes sociais, incitando a população moçambicana e de Nampula, em particular, a agir com violência contra os órgãos do Estado”, afirmou.
Segundo a polícia, nos vídeos em causa, o ora detido incita os jovens a pautarem pela violência.
“Num dos vídeos chegou a chamar os membros da PRM de cães de raça que não pensam e que só agiam em cumprimento das ordens do seu dono. No último vídeo publicado antes da tomada de posse dos edis eleitos, apela aos jovens para fazerem de tudo para feri-los e nos casos em que não se consiga na base da violência física deviam recorrer a métodos tradicionais para provocar neles AVC, vulgo trombose”, explicou.
No entender das autoridades, com estes actos e pronunciamentos, Pachonea ultrapassou todos os limites da liberdade de expressão.
“Ultrapassou os limites da liberdade de expressão, traduzindo-se em ofensas ao bom nome e honra de pessoas, bem como a agitação da população para aderirem a actos de alteração da ordem pública”, vincou.
Por outro lado, a PRM nega ter instrumentalizado uma cidadã para participar na detenção de Pachonea, segundo algumas informações que circulam localmente.
“A PRM não instrumentalizou ninguém e tudo ocorreu num trabalho normal operativo, onde o mesmo teria afirmado também que pertence a uma ONG (Organização Não-governamental) financiada pela embaixada da Alemanha para desestabilizar o , através de pronunciamentos violentos que incitam a violência”, concluiu.
(AIM)
(Rosa Inguane)/dt