Nampula (Moçambique), 06 Mar (AIM) – O projecto Feed The Future-Resiliência Integrada na Nutrição e Agricultura, (FTF-Resina), desembolsou pouco mais de 500 mil dólares norte-americanos para incrementar as actividades produtivas de três empresas do sector privado dos distritos de Ribáuè e Murrupula na nortenha província de Nampula.
O acto decorreu esta terça-feira, naquilo que o director do FTF-RESINA, Nephas Munyeche, considerou de uma contribuição para melhorar a actuação dos parceiros locais e resiliência às mudanças climáticas nas respectivas comunidades.
As acordos nesse sentido, foram assinadas com a “Agro Insumos” e “Agro Rendimento” do distrito de Ribáuè e “Agro Muarrapaz” de Murrupula.
O FTF-RESINA tem como projecção o aumento das capacidades de resiliência das famílias, através do aumento da segurança alimentar, melhoria de gestão dos recursos naturais e do estado nutricional de mulheres, raparigas e crianças.
“O que traz diferente é que não implementa estas actividades de uma forma directa, mas trabalha com os actores locais, porque respeitamos a sua inovação e conhecimento dos problemas para lidar com eles. Realmente, o que estamos a trazer é a capacitação para eles liderarem a implementação das soluções”, explicou.
Munyeche acredita que com estas parcerias o FTF-RESINA estará a contribuir para o sector privado local encontrar soluções necessárias para fornecerem serviços de qualidade às suas comunidades.
“São essas empresas que vão implementar as actividades ligadas à necessidade de aumentar a resiliência nas comunidades. Vão produzir e multiplicar sementes de qualidade, resilientes às atuais mudanças climáticas e depois distribuir e vender aos produtores”, assinalou.
A directora nacional para Agricultura Familiar, no ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Lúcia Luciano, que está na província de Nampula, em visita de monitoria, destacou que o FTF-RESINA, está alinhado com as estratégias do governo junto às famílias que trabalham no sector, com o reconhecimento da sua importância que se traduz na contribuição no Produto Interno Bruto-PIB.
“O projecto RESINA está alinhado com o plano estratégico de desenvolvimento agrário que irá incentivar produtores a aceder a várias cadeias alimentares e mercados de modo que aumentem a sua renda. Houve sempre um processo de consulta, trabalharam sempre com o governo para definir as suas prioridades na base daquilo que são as estratégias nacionais, especificamente ao nível da província”, disse.
A fonte destacou a importância nos processos e que os resultados em presença recomendam a réplica desta abordagem noutras zonas do país.
“Desde os primeiros momentos do desenho do projecto, e nesta fase de implementação e de monitoria, o RESINA tem estado a colaborar com o governo na gestão transparente do projecto, mostrando claramente a importância de parcerias público-privadas”, salientou.
Além disso, gostaríamos que este projecto servisse de modelo, porque achamos que há uma certa apropriação pelos beneficiários. Portanto, esta é uma oportunidade para mostrar aquilo que podem fazer com os recursos que acederam e que este modelo, também, sirva para todos os distritos ao nível das duas províncias beneficiárias.
A fonte entende que, no futuro, pode fazer esta réplica, “porque achamos que vale a pena e sugerimos que tenha uma certa sustentabilidade.”
Com a duração de cinco anos, o projetco Feed The Future-Resiliência Integrada na Nutrição e Agricultura (FTF-RESINA) é financiado pela USAID em 32 milhões de dólares, para apoiar agricultores das províncias de Zambézia e Nampula, através de uma abordagem de sistemas alimentares locais.
O programa contempla onze distritos, sendo que, na província de Nampula, abrange Murrupula, Mogovolas, Ribáuè, Mecubúri e Lalaua e, na Zambézia, contempla Mocuba, Ile, Gúruè, Namarrói, Lugela e Alto Molócuè.
O projecto vai já no seu segundo ano de implementação.
(AIM)
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