Lisboa, 10 Mar (AIM)- Nas Legislativas antecipadas deste domingo em Portugal não há maiorias absolutas, tal como apontavam as sondagens até sexta-feira, último dia da campanha eleitoral, de acordo com projecção da Pitagórica para a CNN Portugal e TVI.
Com efeito, a Aliança Democrática (AD), coligação formada por Partido Social-Democrata (PSD), CDS/PP e Partido Monárquico (PPM), vai vencer as eleições. Apesar disso, e tendo em conta a margem de erro, a mesma projecção dá um empate técnico entre a coligação e o Partido Socialista.
A coligação liderada por Luís Montenegro deverá ficar entre os 28 por cento e os 33 por cento, sendo que deverá ficar sempre acima dos cerca de 28 por cento obtidos pelo ex-líder do PSD, Rui Rio, em 2022. É que os sociais-democratas devem conseguir eleger entre 79 a 91 deputados, acima dos 77 conseguidos em 2022
Já o PS, que chegava aqui com uma maioria absoluta, não deve ir além dos 29,5 por cento, havendo uma projecção mínima de 24,5 por cento, o que faz o partido oscilar entre os 63 e os 75 mandatos. Confirma-se, assim, que Pedro Nuno Santos perde a maioria absoluta conquistada por António Costa, e que valeu aos socialistas um grupo parlamentar com 120 deputados.
De acordo com a projecção, certo é que, como se esperava, o Chega sobe claramente em relação a 2022, devendo ter entre 16,6 por cento e 21,6 por cento. Uma subida face aos 7,18 por cento de há dois anos, e que deverá sempre valer um triplicar de resultados. É, portanto, expectável que o partido de André Ventura possa quase triplicar a sua representatividade no Parlamento, onde tem 12 deputados.
Um crescimento que também deve chegar à Iniciativa Liberal (IL), com as projecções a darem entre 3,3 por cento e 6,3 por cento, numa margem de deputados de nove a 15, acima dos oito actuais e dos 4,91 por cento de 2022.
Também o Livre vai sair vencedor, confirmando o bom desempenho de Rui Tavares nos debates e na campanha. O partido deve ter entre 2,2 por cento e 5,2 por cento, com seis a 12 deputados, uma grande subida face aos 1,28 por cento e um deputado de 2022.
O Bloco de Esquerda e a CDU terão de esperar para perceber como lhes corre a noite. Os bloquistas devem ter entre 3 por cento a 6 por cento, o que lhes dá uma margem de três a sete deputados, sendo que nas últimas eleições tiveram cinco deputados, com 4,4 por cento. Já a coligação liderada pelo Partido Comunista (CDU) deve andar entre os 2,3 por cento e os 5,3 por cento, podendo eleger entre um a cinco deputados, depois de ter conseguido seis parlamentares com os 4,3 por cento obtidos nas últimas legislativas.
Por último, o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) deve ficar entre os 0,8 por cento e os 2,8 por cento, devendo manter o deputado eleito em 2022 e podendo chegar aos três deputados.
PROJECÇÃO DA CATÓLICA
Na projecção da Universidade Católica para a RTP, a AD vence com uma votação entre 29 e 33 por cento. O PS fica na segunda posição, com 25 a 29 por cento e o Chega recolhe 14 a 17 por cento da votação.
Na distribuição de deputados,, a AD fica entre 83 e 91; o PS entre 69 e 77; o Chega entre 40 e 46; a IL (Iniciativa Liberal) 7 e 10, Bloco de Esquerda entre 5 e 7; Livre entre 4 e 6; CDU (Coligação Unitária PCP-PEV) entre 2 e 3 e PAN entre 0 e 2..
ABSTENÇÃO
A taxa de abstenção situa-se entre 35,5 por cento e 40,5 por cento em território nacional (excluindo os círculos da Europa e de fora da Europa), segundo a primeira sondagem SIC/Expresso divulgada após o encerramento das urnas, às 19h00 locais (21h00 em Maputo.
Na projecção da Pitagórica para a CNN Portugal e TVI. a abstenção situa-se entre 40,5 por cento e 46,5 por cento.
Espera-se a qualquer momento a divulgação dos resultados oficiais.
(AIM)
DM