Maputo, 23 Mar (AIM) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reiterou, este sábado (23), a necessidade de uma maior união entre os moçambicanos na luta contra o terrorismo, que assola alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado.
“Vamos continuar a trabalhar para podermos estancar no máximo (o terrorismo) e minimizar o sofrimento. Acredito que a responsabilidade está com os moçambicanos. Mais união e menos barulho”, exortou o Chefe de Estado moçambicano.
Aos barrulhentos, “que não têm ajudado muito para o combate ao terrorismo”, o Chefe de Estado, diz que todos devem fazer parte da solução.
Nyusi falava em conferência de imprensa sobre o balanço da sua participação na Cimeira Extraordinária da dupla Troika do Órgão de Cooperação nas áreas da Política, Defesa e Segurança e da SADC, mais os países contribuintes da missão em Moçambique e na República Democrática do Congo (RDC), que teve lugar em Lusaka, capital zambiana.
O Presidente da República participou nesta cimeira, na qualidade de convidado, por o seu país acolher a Missão Militar da SADC (SAMIM), que apoia no combate ao terrorismo no norte de Moçambique
A cimeira analisou os progressos da SAMIM, cujo mandato termina a 15 de Julho próximo, bem como a missão da SADC escalada para a República Democrática do Congo (RDC).
Para Nyusi, a retirada daa SAMIM não implica o fim do apoio por parte dos países da SADC na luta contra o terrorismo, pelo que disse acreditar que continuarão a trabalhar com Moçambique, tanto de forma bilateral quanto multilateral.
Neste contexto, garantiu que a união de todas as forças na luta contra o terrorismo vai continuar, mesmo depois da retirada da SAMIM. A missão foi implantada em 15 de Julho de 2021, mas antes do final do mandato, segundo Nyusi, está prevista uma avaliação intermédia.
Questionado sobre a possibilidade de mobilizar uma força para substituir a SAMIM, Nyusi sublinhou que “o verdadeiro substituto da SAMIM é o moçambicano.”
“Os donos do país somos nós. Em todos os momentos temos de nos preparar para isso”, afirmou.
Contudo, destacou que Moçambique conta com a colaboração de outros países ou organizações multilaterais.
“As experiências de outros países vão ser sempre úteis e necessárias não só ao nível da SADC. Estamos a trabalhar com outros irmãos, mas também com algumas organizações multilaterais, como União Africana, Nações Unidas, União Europeia”, anotou.
Garantiu, ainda, que o governo está a trabalhar no sentido de capacitar mais as Forças de Defesa e Segurança no terreno.
(AIM)
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