Matola, 25 Mar (AIM) – A chuva que caiu desde a madrugada de sábado (24) deixou um rasto de destruição na cidade da Matola, para o desespero dos munícipes que se encontram impedidos de sair das suas residências para cumprir os seus afazeres.
“Não consigo sair de casa,” disse Maria Tembe, visivelmente consternada num breve contacto estabelecido com a reportagem da AIM.
“Nem a minha viatura consigo tirar de casa, e as crianças também não saíram de casa e, por isso, não podem ir a escola, porque está tudo alagado.
“Decidimos contribuir para comprar pedra, entulho ou betão para garantirmos a movimentação das viaturas e de nós próprios,” disse Julieta Langa, residente do Sial, Bairro do Fomento.
Segundo a fonte, a chuva registada a partir da madrugada de domingo até a manhã só faz recordar as cheias do ano 2000.
Os residentes do Quarteirão 22, no Bairro Sial, decidiram contribuir para manter uma vala de drenagem que ajuda a fluir as águas das chuvas.
“Temos que contribuir para a drenagem. O município não faz nada. Estamos mal,” disse António Chico, que tem a casa alagada de água até aos joelhos.
Este é um problema sobejamente conhecido pelas autoridades e que se deve a construção desordenadas, em alguns casos, em conluio com os funcionários dos municípios. Existem casos caricatos de casas e outro tipo de infra-estruturas que foram construídas em espaços que deveriam servir de valas de drenagem das aguas das chuvas.
Até as primeiras horas da manhã de hoje praticamente ninguém estava na rua, no Sial.
Apesar de a chuva ter abrandado, os solos estão saturados de água, razão pela qual as ruas e casas vão permanecer alagadas durante os próximos dias.
Por isso, algumas casas continuam a “receber” águas subterrâneas. Refira-se que este é um cenário que se repete na maioria dos arredores cidade e província de Maputo.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) as chuvas que atingiram a cidade de Maputo, províncias de Maputo e Gaza são o resultado da passagem de um sistema de baixa pressão na região sul de Moçambique.
O INAM espera uma melhoria a partir da tarde desta segunda-feira.
(AIM)
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