Maputo, 28 Novembro (AIM) – O Banco de Moçambique (BM), regulador do sistema financeiro nacional, através do Comité da Política Monetária decidiu reduzir a taxa de referência (MIMO) de16,50 para 15,75 por cento, em consonância com a tendência actual da estabilidade da inflação que se situa abaixo de um dígito.
A decisão do banco central é sustentada pela consolidação das perspectivas de inflação em um dígito, no médio prazo, num contexto em que a avaliação de riscos e incertezas associados as projecções continuam favoráveis.
A informação consta de um comunicado de imprensa partilhado quarta-feira pelo Banco de Moçambique com a imprensa.
“O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu reduzir a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO, de 16,50 % para 15,75 %”, lê-se na nota.
No mesmo documento, o banco refere que as perspectivas de inflação mantém-se em um dígito no médio prazo, referindo que em Fevereiro de 2024, a inflação anual fixou-se em 4,0 por cento, após 4,2 por cento em Janeiro.
“A inflação subjacente, que exclui as frutas e vegetais e bens com preços administrados, também desacelerou. Para o médio prazo, mantém-se as perspectivas de uma inflação em um dígito, reflectindo, sobretudo, a estabilidade do Metical e o impacto das medidas tomadas pelo CPMO”, escreve o banco.
Para o médio prazo, excluindo o gás natural liquefeito (GNL), de acordo com o BM, perspectiva-se a manutenção de um crescimento económico moderado. “No quarto trimestre de 2023, estima-se que, excluindo o GNL, o produto interno bruto (PIB) tenha crescido 3,6 % depois de 3,3 % no trimestre anterior”.
No entanto, o BM adverte que a pressão sobre o endividamento público interno que se mantém elevada. “O endividamento público interno, excluindo os contratos de mútuo e de loção e as responsabilidades em mora, situa-se em 344,0 mil milhões de meticais (cerca de 5,4 mil milhões de dólares), o que representa um aumento de 31,7 mil milhões em relação a Dezembro de 2023.
AIM
PC/sg