Embaixador do Japão acreditado em Moçambique, Keiji Hamanda, fala durante a cerimónia de anúncio de financiamento de novo pacote para deslocados internos em Cabo Delgado
Maputo, 28 Mar (AIM) – O embaixador do Japão acreditado em Moçambique, Keiji Hamanda, anunciou hoje (28), em Maputo, a disponibilidade de 1,7 milhão de dólares americanos destinados à implementação de novos projectos de apoio os deslocados internos na província de Cabo Delgado, na região norte.
O apoio inclui a aquisição de meios de subsistência, infra-estruturas na cadeia de valor de pesca, agricultura e outros a serem implementados pelas agências das Nações Unidas.
O financiamento vai beneficiar 16.750 pessoas vulneráveis que retornaram às zonas de origem nos distritos de Quissanga, Mocímboa da Praia e Palma, na província de Cabo Delgado.
Segundo Keiji Hamanda, desde Outubro de 2017, altura que iniciaram os ataques terroristas mais de 700.000 pessoas tornaram-se deslocados internos e outras 600.000 pessoas retomaram às zonas de origem.
“Dada a possibilidade de as disparidades económicas terem contribuído para a eclosão de ataques também é importante prestar assistência humanitária e para o desenvolvimento de forma contínua”, explicou.
Já o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em Moçambique, José Luís Fernandez, informou que o novo pacote de financiamento a sua entidade vai contribuir para suprir as necessidades urgentes das famílias que regressaram às zonas de origem, particularmente na aquisição de insumos agrícolas, para melhorar a segurança alimentar e nutricional das comunidades afectadas.
O representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Moçambique, Ahmed Baba Fall, disse na ocasião que o novo financiamento do Japão, à sua entidade pretende vai assistir as populações deslocadas, melhorando os locais onde são acolhidos, fornecendo documentação, assistência jurídica e fornecimento de Itens de ajuda básica aos deslocados internos que se encontram em necessidades humanitárias aguda.
Já a chefe da missão da Organização Internacional de Migração (OIM) em Moçambique, Laura Tomm-Bonde, explicou que a sua instituição está empenhada em defender soluções duradouras para os deslocados retornados internos e comunidades afectadas, incluindo mulheres, homens e jovens.
Por seu turno, o representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Faruque Faquira, enalteceu a contribuição do governo nipónico para assistir os deslocados internos.
“Destacamos o papel de Japão na promoção da cooperação internacional onde tem se evidenciado nas diferentes iniciativas e acções multilaterais de promoção da paz e segurança bem como na sua intervenção humanitária a nível nacional, regional e global”, disse.
Refira-se que o Japão tem-se destacado através da sua intervenção em áreas chaves definidas pelo governo, incluindo agricultura, segurança alimentar, aumento da capacidade de geração e distribuição de energia, desenvolvimento do porto de Nacala e linhas férreas.
(AIM)
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