Maputo, 30 Mar (AIM) – Foram hoje a enterrar na cidade de Chimoio, capital da província central de Manica, os restos mortais do antigo jornalista e político Manuel Tomé, que faleceu na madrugada de segunda-feira (25), vitima de doença.
A despedida de Manuel Tomé foi um evento que contou com a presença do Presidente da Frelimo, partido no poder e Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, familiares, amigos, membros do governo e centenas de pessoas que compareceram para dizer o último adeus.
Na sua mensagem lida pelo seu secretário-geral, Roque Silva, a Frelimo disse que Manuel Tomé, “deixou de estar entre nós um dos grandes ícones da história recente do nosso País, uma das maiores referências da nossa existência colectiva como povo e como Nação”.
Fazendo um breve historial da sua vida, Roque Silva disse que Manuel Tomé sempre se destacou pelas suas qualidades de liderança, o que lhe granjeou a confiança necessária para desempenhar várias funções, iniciando o seu percurso profissional como professor do ensino primário.
Explicou que a sua paixão ardente pelo jornalismo, profissão que abraçou com muita devoção, levou-o a ingressar em Agosto de 1977 nos quadros do Jornal “Notícias” como Redactor de Terceira, lançando assim a sua longa e frutífera carreira na área de comunicação social onde se notabilizou como Chefe de Redacção no Jornal Notícias, entre 1979 e 1982.
Como jornalista assumiu as funções de Secretário Geral da Organização Nacional de Jornalistas (ONJ) no período compreendido entre 1986-1991) e outras entre as quais se destacam Presidente da Organização Internacional de Jornalistas, entre 1993 e 1995.
O seu percurso como jornalista também inclui uma passagem pela Rádio Moçambique, onde desempenhou as funções de director-geral no período compreendido entre 1988 e 1994.
“Exímio comunicador e jornalista de mão cheia, o Camarada Manuel Jorge Tomé foi um dos esteios do jornalismo moçambicano, e contribuiu como poucos, para a construção das bases da comunicação social do Moçambique pós-independência”, disse Roque Silva.
Já a nível político, Manuel Tomé notabilizou-se como um mobilizador nato, o que lhe valeu o convite da direcção da Frelimo para exercer as funções no Departamento de Informação e Propaganda do Comité Central, numa altura em que Moçambique era alvo de agressão armada e de desinformação perpetrada pelas forças hostis à independência nacional.
Mais tarde foi eleito Secretário do Comité Central da Frelimo para a Mobilização e Propaganda.
Homem de causas, militante de convicções, Manuel Tomé dirigiu a Frelimo como Secretário Geral e mais tarde como Chefe da Bancada Parlamentar na Assembleia. Até a data da sua morte Manuel Tomé era membro da Comissão Política.
(AIM)
sg