Maputo, 01 Abril (AIM) – Moçambique integra a lista dos 10 países do mundo com uma alta carga de tuberculose, TB/HIV e tuberculose multi-resistente, embora o país tenha registado uma redução de mortes por tuberculose na ordem de 64% quando comparado com dados de 2015 anunciou hoje, em Maputo, o ministro da Saúde, Armindo Tiago.
Anunciou igualmente que está prevista a adopção de um regime mais curto para o tratamento da tuberculose resistente dos actuais 18-20 meses para 6-9 meses.
O novo regime prevê igualmente a redução do tempo de tratamento da tuberculose sensível em crianças de seis para quatro meses.
O ministro falava hoje (1), em Maputo, na gala alusiva às celebrações do Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose, assinalado a 24 de Março, bem como o reconhecimento público dos profissionais da comunicação social na luta contra a doença e lançamento da parceria Stop TB Moçambique.
Segundo ministro da Saúde, Armindo Tiago, o país registou avanços significativos na notificação de casos da tuberculose, ao alcançar em 2022 uma cobertura de tratamento de 110.674 casos de um universo de 119.000 esperados, o que representa uma taxa de 92% de cobertura de tratamento.
Dos casos diagnosticados 46% ocorreram em pessoas com idade superior e 15 anos, 25% co-infectados com HIV .
Disse ainda que, em 2022, um total de 94% dos pacientes submetidos ao tratamento da tuberculose concluíram com sucesso o tratamento, superando a meta estabelecida de 90%.
Já o representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Moçambique, Severin Ritten Von Xylander, disse na ocasião que a tuberculose é uma das doença mais fatais e causa anualmente 1,3 milhão de óbitos no mundo.
No presente ano a efeméride foi assinalada sob o lema ” Sim, nós podemos acabar com a tuberculose com impacto nas áreas de saúde, economia e social, transmite uma mensagem de esperança”.
Explicou que em 2023, Moçambique conseguiu reduzir em mais de 35% as mortes por tuberculose, por isso recomenda mais investimentos para apoiar Moçambique na implementação de opções de tratamento preventivo da doença com base nas recomendações da OMS.
Por seu turno, o Secretário Geral do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ) Faruco Sadique enalteceu o Ministério da Saúde (MISAU) pela iniciativa de lançar um concurso dirigido à comunicação social, que já tem duas décadas de existência.
“Este prémio saúde para Jornalista, figura no topo das iniciativas do género que se mantém activa no país”
Sadique entende que a longevidade do concurso pode ser resultado da conjugação de uma série de factores, entre as quais o impacto que o concurso tem no seio da classe jornalística moçambicana, qualidade de organização, seriedade do concurso nas suas diferentes etapas, desde o lançamento até ao momento dos resultados anuais.
O SNJ manifesta sua satisfação pelo facto da 20ª edição do prémio saúde, dedicada a tuberculose, os vencedores do concurso serem jornalistas de diferentes pontos do país.
(AIM)
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