
Laboratório para o diagnóstico de doenças. Foto INS
Maputo, 02 Abril (AIM) – Moçambique atingiu um grau de cumprimento de 84% da meta para o diagnóstico da tuberculose assumida junto as Nações Unidas, aquando da última reunião de alto nível que teve lugar em Paris, anunciou, segunda-feira (01), em Maputo, a directora nacional adjunta da Saúde Pública, Benigna Matsinhe.
Moçambique tinha como meta, o diagnóstico de 728.000 casos da tuberculose e realizou 613.000.
Apesar de o país apresentar uma elevada carga de tuberculose sensível, TB/HIV e multi-droga resistente, os dados do Ministério da Saúde (MISAU) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que houve decréscimo da proporção de pessoas que não foram tratadas para tuberculose, que passou de 37% em 2015 8,0% em 2022.
Matsinhe adverte que o problema da tuberculose é grave na região centro e um pouco na região sul.
O MISAU afirma que houve avanços significativos no diz respeito a alocação de equipamentos hospitalares para o diagnóstico e tratamento da tuberculose.
Para melhor elucidar afirmou que em 2019 havia de 181 aparelhos em todo o país, TB GeneXpert, cifra que subiu para 245.
Matsinhe disse ter sido igualmente alocados microscópio e introduzido o uso de amostras de urina e fezes para diagnóstico da TB em crianças.
“Vemos que a nossa capacidade aumentou. Passamos de 30% em 2019 para 46% em 2023, o MISAU não conseguiu atingir 70% que seria o ideal, mas vimos que há tendência crescente nas províncias de Manica e Cabo Delgado.
Em Moçambique estima-se que a tuberculose afecta 361 pessoas por cada 100 mil habitantes.
Quanto a resposta nacional, o país possui um Plano Estratégico para o Controlo da Tuberculose 2023/2030 que contempla três principais pilares, nomeadamente prevenção e cuidados integrados, politica e sistema de forte apoio bem como promoção da pesquisa e inovação.
O último relatório global da OMS indica que num universo de 100 mil, um total de 133 pessoas têm a tuberculose.
Em 2023 esperava-se que tivessem sido diagnosticadas 10,3 milhões de casos, entretanto, deste número foi alcançado 6,4 milhões.
Destas (6,4 milhões), 4,2 milhões de casos não foram oficialmente diagnosticados e são tidos como perdidos.
As projecções apontam para a ocorrência de 1,3 milhões de óbitos em 2023. Já para o caso da TB multidroga resistente espera-se a cifra de 410 mil casos, que não foram alcançados.
(AIM)
MR/sg