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Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente de Portugal
Lisboa, 02 Abr (AIM)- O discurso do chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, na tomada de posse do novo Governo da Aliança Democrática (AD) ao princípio da noite desta terça-feira, em Lisboa, é aguardado com enorme expectativa, tendo em conta o actual quadro político parlamentar instável.
Em Março de 2022, quando da tomada de posse do Governo de maioria absoluta do Partido Socialista (PS), chefiado por António Costa, e que não chegou a cumprir o mandato de quatro anos, o Presidente da República exigiu a necessidade de “estabilidade política”. Também no lançamento do livro “Afetos”, do fotógrafo Rui Ochoa, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que seria um presidente de “afetos, proximidade, simplicidade e estabilidade”.
Com enorme expectativa também é esperado o discurso do Primeiro-ministro a ser empossado por Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente da República, em silêncio há 12 dias, vai empossar Luís Montenegro, líder do Partido Social-Democrata (PSD), e número um da AD, no cargo de Primeiro-ministro e os 17 ministros que compõem o novo Governo, quando forem 18h00 locais (19h00 em Maputo).
A AD, integrada pelo PSD, CDS-PP e Partido Português Monárquico, venceu as legislativas antecipadas de 10 de Março, mas sem maioria absoluta. Uma das questões de difícil resposta deixadas no ar pela maioria dos analistas políticos é “quanto tempo vai durar o Governo de Montenegro”?
Uns avançam que o Executivo da AD pode durar apenas um ano e vai ser chumbado na Assembleia da República na altura da aprovação do Orçamento do Estado para 2025, em Novembro próximo, mas outros dizem que poderá sobreviver até 2026.
Recorde-se que na mini crise que ocorreu semana passada na eleição do novo presidente da Assembleia da República, o PSD e PS, com o mesmo número de deputados no Parlamento, estabeleceram um entendimento de dividir a presidência da AR, que funcionará de modo rotativo, cabendo os dois primeiros anos da legislatura a José Pedro Aguiar-Branco, indicado pelo PSD, e os dois anos seguintes a um nome proposto pelo PS.
(AIM)
DM