Matola, 03 Abr (AIM) – A Presidente da Organização da Mulher Moçambicana (OMM) e esposa do Presidente da República, Isaura Nyusi, disse hoje que a Frelimo, partido no poder, deve escolher um candidato presidencial que responda aos anseios, desejos e expectativas do povo.
A OMM sublinha que o processo da escolha do candidato da Frelimo não deve ser marcado pelo mercantilismo, assim como os candidatos devem evitar vaidade pessoal, realçando que é desejo de todos os moçambicanos que haja uma escolha genuína do candidato a Presidente da República para nortear os destinos da nação.
A abordagem foi deixada hoje, na escola central do partido na Matola, durante a III Sessão Ordinária do Conselho Nacional da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), o braço feminino do partido, num evento de preparação das Eleições Gerais agendadas para 9 de Outubro deste ano.
“O nosso candidato deve ter o perfil do povo para o povo, evitando o processo mercantilismo e vaidade pessoal. Caras camaradas, em suma, cabe a nós, a OMM, garantir a vitória expressiva do nosso partido credível e do seu candidato presidencial”, disse Isaura Nyusi.
Disse ser responsabilidade da OMM, como órgão influente no partido, conhecer melhor o histórico pessoal, profissional e político do candidato, sua postura, ética e a forma como se relaciona com a sociedade, como forma de assegurar a herança de uma boa governação e o desenvolvimento do país.
Feita a escolha consensual, a OMM garante que fará o seu trabalho de mobilização para que mais mulheres votem no partido Frelimo e, consequentemente, assegurar a vitória do candidato nas eleições gerais de 9 de Outubro próximo, elevando bem alto a bandeira da Frelimo.
Isaura Nyusi vincou que a acção preparativa da OMM está virada para as próximas eleições gerais, assumindo a grande responsabilidade de dinamizar e mobilizar a população com idade eleitoral para ser parte activa em todo o processo de preparação e realização das eleições de 9 de Outubro.
Reconheceu que o governo está comprometido com a elevação do estatuto e o bem-estar da mulher, promovendo benefícios equitativos entre homens e mulheres, materializando o espírito da campanha “Nós Somos Iguais”, recentemente lançado em Moçambique, na Conferência Internacional sobre a Igualdade do Género em África.
“E nós, como Organização da Mulher Moçambicana, orgulhamo-nos com este esforço empreendido pelo governo sob sua direcção”, disse.
Por seu turno, a Secretária-geral da OMM, Mariazinha Niquice, disse que as mulheres, guiadas pela Frelimo e coordenadas pela OMM, estão preocupadas com os sucessivos ataques que os terroristas perpetuam em alguns distritos da província de Cabo Delgado, matando pessoas indefesas, destruindo a riqueza e a beleza, fomentando o medo e comprometendo o desenvolvimento do país.
“Como mulheres, reafirmamos a nossa convicção de que só com a paz e a unidade nacional podemos alcançar a estabilidade que todo moçambicano almeja. Por isso, saudamos a vossa entrega, Camarada Presidente, tudo fazendo para que o diálogo seja a base para a harmonia e tranquilidade em Moçambique”, disse Niquice na sua intervenção.
Assegurou que, como mães educadoras da nação, as mulheres da OMM estão prontas para divulgar, permanentemente, os ideais da Frelimo, garantindo que as crianças cresçam num ambiente saudável, alegre, seguro e livre da guerra e das injustiças sociais.
“Queremos contribuir para que os homens e mulheres possam ser continuamente parte activa do desenvolvimento deste país”, disse.
Congratulou o governo da Frelimo pela redução das taxas de analfabetismo, das uniões prematuras, gravidez precoce, mortalidade materno infantil, combate a todas as formas cancerígenas e a redução dos elevados índices de prevalência do HIV, matérias que preocupam a OMM.
Para a membro da Comissão Política da Frelimo, Ana Rita Sithole, não seria surpresa que a Frelimo apresentasse uma mulher como candidata às eleições gerais de 9 de Outubro, uma vez que a mulher moçambicana já deu mostras de ser capaz de assumir desafios desta natureza.
Segundo Ana Rita Sithole, actualmente, a mulher ocupa lugares cimeiros nos centros de tomada de decisão e o seu desempenho tem sido salutar.
“Não seria surpresa se uma das mulheres da OMM fosse candidata. As mulheres já deram mostras de que são capazes”, vincou.
(AIM)
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