
Rede mosquiteira para a protecção contra a picadela do mosquito
Maputo, 17 Abr (AIM) – Mais de três mil pacientes deram entrada nas unidades sanitárias da cidade de Maputo, desde o início do presente ano, com sintomas de malária.
O sector da saúde diz que os casos aumentaram devido as enxurradas na presente época chuvosa e, por isso, apela aos munícipes para que abandonem as zonas alagadas.
Os dados foram avançados à AIM, pela vereadora do Pelouro de Saúde e Qualidade de Vida no Conselho Municipal de Maputo, Alice de Abreu, falando sobre o registo de doenças hídricas, durante a presente época chuvosa e ciclónica.
Na cidade de Maputo são várias as zonas alagadas, sobretudo as propensas a inundações, incluindo residências e ruas. Das águas estagnadas, nasce o mosquito causador da malária, que coloca em risco os munícipes.
“Em relação a malária registamos, nas últimas 13 semanas, um total de 3.395 casos contra 4.242 em igual período do ano passado, que corresponde a uma redução de 12 por cento”, disse a fonte.
“Nós tivemos para estas últimas semanas epidemiológicas o registo de aumento da precipitação, tivemos também chuvas em todo o nosso município e, como consequência, há uma forte possibilidade para o aumento de casos de malária”, acrescentou.
A maior parte dos casos foram reportados nos distritos de Ka Mavota, com 1.012, seguido de Ka Nhlamankulo (857), Ka Mpfumu (676 casos), Ka Mubukwana (576), Ka Maxaqueni (296), Ka Tembe (270) e KaNyaka (8).
A fonte salientou que, a nível dos distritos municipais da capital do país, equipes de técnicos de medicina preventiva têm estado a efectuar visitas às residências para verificar a existência de lixo e águas paradas, com vista a evitar doenças de origem hídrica.
“Nós temos recomendado às comunidades para que usem redes mosquiteiras, reforcem a limpeza e evitem o acúmulo de águas paradas, porque estas favorecem a proliferação do mosquito”, explicou a vereadora.
A fonte referiu que a monitoria dos casos de malária também inclui os centros de acomodação e os casos confirmados são tratados imediatamente.
“Referir que, para os centros de acomodação e para garantir a prevenção da malária, distribuímos 2.703 redes mosquiteiras nos centos de acomodação de Nhlamankulo, Ka Maxaqueni, Ka Mavota, Ka Mubukwana”, disse a vereadora.
(AIM)
FG/sg