
Chimoio (Moçambique) 22 Abr (AIM) – Um funcionário do Hospital Provincial de Chimoio (HPC) está detido indiciado pelo crime de burla, no valor de cerca de 600 mil meticais (cerca de 9.380 dólares), a mais de dez cidadãos, na província de Manica, centro de Moçambique.
O suspeito, cujo nome não foi possível identificar, está detido deste a quinta-feira. O mesmo é acusado de exigir dinheiro com promessa de vaga de emprego no sector de saúde.
Os valores cobrados variavam de acordo com o interesse de cada cidadãos. Para o ingresso na área técnica, o burlador cobrava 80 mil meticais e para agentes de serviço exigia 50 mil meticais.
Os valores eram pagos em duas prestações, sendo metade do valor para cada uma das vagas.
O porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SERNIC) em Manica, Paulo Candeeiro explicou esta segunda-feira (22), em Chimoio, que a detenção do indivíduo foi possível graças a denúncias feitas pelas vítimas.
“Recebemos a denúncia sobre este cidadãos que é indiciado de cobrar valores monetários a vários cidadãos com a promessa de emprego na saúde. Iniciamos um trabalho de investigação e culminou com a sua detenção”, contou Paulo candeeiro.
Assegurou que já foi lavrado um processo-crime e o indiciado será levado a barra da justiça para responder pelos seus actos.
“Das investigações feitas está claro que ele realmente recebeu alguns valores através de transferência via telemóvel. Os valores variavam e cada um dos burlado foi enviando o dinheiro. Daí que fizemos este trabalho para que este indivíduo seja responsabilizado”, acrescentou Paulo Candeeiro.
Entretanto, o suspeito confirma a prática deste crime e explica que conseguiu vagas para alguns cidadãos e faltavam apenas dois que fizeram a denúncia.
“Consegui as vagas para outros que pagaram. Faltam dois que tentei contactar alguns amigos que também estão envolvidos neste caso, mas ainda não consegui. Sim, recebi o dinheiro e falei com o chefe dos recursos humanos em como eram meus familiares”, referiu.
Já directora do Hospital Provincial de Chimoio, Marília Pugas, disse que a direcção daquela unidade sanitária, a maior da província de Manica, distancia-se dos este crime e pede a colaboração dos burlados juntos as instituições de justiça.
“Tomamos conhecimento através dos órgãos de comunicação social. O nosso apelo é dirigido a todos os lesados para que colaborem com a justiça para que seja desmantelada toda a rede de burladores”, disse Pugas.
“Condenamos esta atitude, principalmente quando envolve nossos colegas. O ingresso para o quadro da saúde não é feita mediante o pagamento de valores monetários. É por meio de concursos públicos. Vamos estar atentos porque existem muitos cidadãos maldosos que tentam manchar o bom nome da instituição”.
(AIM)
NM/sg