
Maputo, 23 Abr (AIM) – A dívida pública de Moçambique fixou-se em 972.413,3 milhões de meticais (cerca de 15,2 mil milhões de dólares) no ano de 2023, cifra que representa um crescimento de 5,1 por cento, comparativamente a 2022.
O facto foi avançado pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, falando em conferência de imprensa hoje (23), em Maputo, minutos após o término da 12ª sessão ordinária.
Durante a sessão, o Conselho de Ministros aprovou a Conta Geral do Estado de 2023 que deverá enviar à Assembleia da República, o parlamento moçambicano, e ao Tribunal Administrativo, o órgão regulador e fiscalizador das contas públicas.
“Em percentagem do PIB [Produto Interno Bruto] regista-se uma melhoria radical dos parâmetros de sustentabilidade da dívida, com resultados de implementação da estratégia de médio prazo de gestão da dívida pública”, afirmou Impissa, que é também vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública.
Assegurou que a dívida interna está a ser bem gerida pelas duas maiores entidades económicas no país, nomeadamente, o Banco de Moçambique, e o Ministério de Economia e Finanças.
“Penso que as duas entidades normalmente interagem para encontrar a melhor alternativa para a manter sustentável, quer no orçamento, quer na vida económica do país”, afirmou.
Sobre a despesa do Estado referente a 2023, o país registou 468.242,7 milhões de meticais, e 83,4 por cento das despesas foram financiadas com recursos internos.
No mesmo ano, a taxa de inflação média anual situou-se em 7,1 por cento, uma trajectória em desaceleração relativa a taxa média de 10,3 por cento registada em 2022.
A fonte disse que a arrecadação das receitas em 2023, situou-se em cerca de 326 mil milhões de meticais, o que representa a 30 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) contra 28 por cento do PIB registados em 2022.
“Este desempenho reflecte o impacto das reformas fiscais que visam alargar a base tributária, a diversificação das fontes de arrecadação de receitas e a melhoria da eficiência da administração tributária”, disse.
Em 2023, a economia nacional registou um crescimento do PIB de cinco por cento, contra 4,2 por cento observados em 2022.
A agricultura, indústria extractiva e serviços são, de acordo com o governo, os sectores que mais contribuíram para o “desempenho positivo” da economia.
As reservas internacionais líquidas aumentaram de três meses programadas no Plano Económico e Social e Orçamento do Estado de 2023, para 4,3 meses de cobertura de importações de bens e serviços não factoriais.
(AIM)
Ac/sg