
Coluna do exército sul-africano. Fonte Military Africa
Maputo, 23 Abr (AIM) – O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, decidiu estender o mandato do exército sul-africano (SANDF) por um período adicional de oito meses no âmbito da Missão Militar da SADC para Moçambique (SAMIM), que tem como objectivo apoiar as Forças de Defesa e Segurança (FDS) na luta contra os terroristas na província de Cabo Delgado, na região norte.
A extensão surge depois de expirar a autorização presidencial que serviu de base para o destacamento de um contingente daquele país vizinho de Moçambique.
O exército sul-africano faz parte de uma força militar da região mobilizada para combater o terrorismo e extremismo violento no norte de Cabo Delgado.
Os líderes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) decidiram numa cimeira enviar tropas para a conturbada região de Cabo Delgado.
A África do Sul enviou cerca de 1.495 soldados em 2021 para se juntarem às forças da SADC em Cabo Delgado.
Segundo o portal IOL, Ramaphosa informou a Assembleia Nacional da África do Sul ao Presidente do Conselho Nacional de Províncias, Amos Masondo, da sua decisão.
“Serve para informar a Assembleia Nacional (parlamento sul-africano) que estendi a missão de 1.495 membros da SANDF para o cumprimento de uma obrigação internacional da República da África do Sul para a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, combater os actos de terrorismo e os extremistas violentos que afectam o norte de Moçambique no âmbito da Operação Vikela”, disse Ramaphosa.
Anunciou que os membros da SANDF vão continuar com a responsabilidade de combater actos de terrorismo e extremismo violento no norte de Moçambique ao abrigo da “Operação Vikela, durante o período compreendido entre 16 de Abril a 31 de Dezembro de 2024.
Na ocasião, Ramaphosa deu a conhecer que o custo desta operação está orçada em 948.368.067 randes.
O primeiro contingente da SAMIM a retirar-se foi o do Botswana. Os restantes contingentes (Angola, República Democrática do Congo, Lesotho, Malawi, Tanzânia e Zâmbia) deverão deixar Moçambique até Julho. Assim, restaram dois contingentes, nomeadamente: Ruanda e África do sul para ajudar as FDS para enfrentar os ataques dos terroristas que, desde Outubro de 2017 já levaram a morte de mais de quatro mil pessoas.
Os ataques também já levaram mais de um milhão de pessoas a abandonar as suas zonas de origem à busca de locais mais seguros, desencadeando uma crise humanitária.
(AIM)
IOL/ZT/sg