
Sisitema Nacional de Saude
Maputo, 24 Abr (AIM) – A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) anuncia a retoma da greve a partir de 29 de Abril corrente.
Segundo a porta-voz da associação, Rossana Zunguze, a convocação da greve, de 30 dias, deve-se ao incumprimento da parte do governo dos pontos acordados na última ronda negocial.
“Desta forma, viemos anunciar a toma da greve dos profissionais e agentes de saúde por 30 dias prorrogáveis, a iniciar no dia 24 de Abril de 2024”, disse Zunguze.
Entre os pontos que constam no caderno reivindicativo da APSUSM, na altura acordados com o governo, destaca-se o apetrechamento dos blocos operatórios, cuja execução estava prevista para até Junho do ano passado.
No entanto, os profissionais de saúde dizem que não houve, pela parte do governo, “a intenção de melhorar as infra-estruturas dos blocos operatórios e, muito menos, a provisão de material médico cirúrgico, que deveria ser usado para assegurar a qualidade das cirurgias”.
A par das promessas feitas pelo governo, no âmbito das negociações do ano passado, segundo a APSUSM, consta também a disponibilização do material de trabalho para os profissionais de saúde, cuja previsão era até Dezembro de 2023.
Sobre o assunto, os profissionais insistem que “o próprio utente das nossas unidades sanitárias pode testemunhar que não existem medicamentos, comida e, em algumas unidades sanitárias, os utentes contribuem para a compra de energia e material de protecção”.
Os profissionais de saúde reconhecem houve um aumento do subsídio de risco de cinco para dez por cento, bem como se efectivou o pagamento das horas extras, mas lamentam o facto de não ter sido abrangente.
“[O Governo] pagou este subsídio e enquadrou na totalidade a apenas um grupo de funcionários em detrimento de outros”, denuncia a classe, acrescentado que “as horas extras continuam a ser uma miragem”.
(AIM)
SC/sg