
Cabos eléctricos roubados dos equipamentos da Electricidade de Moçambique
Nampula (Moçambique), 29 Abr (AIM) – A empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) contabilizou, no primeiro trimestre deste ano, um prejuízo perto de um milhão de meticais (15.690 dólares) devido a vandalização de perto de uma tonelada e meia de material nas suas infra-estruturas.
Os locais mapeados pela EDM onde ocorreram estes factos com maior frequência são Boane, (Maputo), Inhambane, Mocuba, (Zambézia) e Nampula.
Entretanto, em 2023 a EDM somou prejuízos na ordem de 29.691.950 meticais com a ocorrência de 309 casos de vandalização, o que resultou em danos e perdas de perto de oito toneladas e meia de material.
As províncias de Inhambane e Manica são as que registam o maior número de casos no presente ano, enquanto em 2023 destacam-se , as províncias de Sofala, Gaza e Inhambane.
Os dados foram partilhados recentemente em Nampula por Meque Licenga, chefe do Departamento de Prevenção e Combate a Vandalização de Infra-estruturas na Direcção de Protecção de Receitas e Controle de Perdas da EDM.
Licenga explicou que os materiais preferidos pelos malfeitores são o cobre, cantoneiras e rolos, utilizados para diversos fins.
Para pôr cobro a vandalização do equipamento e de infra-estruturas, segundo o responsável, potenciada pela existência de postos de transformação, sem segurança a já EDM desenhou uma estratégia.
“Persuadir o governo para o banimento da exportação do cobre como medida doméstica e recomendação regional, uma vez que o país não é produtor deste minério e mapear todas as sucateiras, numa altura em que já estão referenciadas 507, cerca de 17 por cento do universo a considerar”, anotou.
Faz parte desta estratégia da EDM privilegiar a montagem de cabos de alumínio nos novos projectos, acrescentou.
Na perspectiva de envolver a sociedade, afirmou que a empresa vai continuar a envidar esforços “para a oficialização do Fórum Nacional de Prevenção e Combate a Vandalização de Infra-estruturas Públicas”.
Meque Licenga incentivou os jornalistas a fazerem o seu trabalho no sentido de denunciar os casos de vandalização e roubos nas comunidades.
“Por outro lado, é preciso fazer acompanhamento jornalisticamente e seguir as rotas do material roubado na rede eléctrica da EDM. O trabalho jornalístico investigativo pode contribuir bastante para a solução deste problema”, concluiu.
(AIM)
RI/sg