
Primeiro-ministro, Adriano Maleiane na Cimeira da Associação Internacional para o Desenvolvimento de África (IDA-21)
Maputo, 29 Abr (AIM) – A Cimeira da Associação Internacional para o Desenvolvimento de África (IDA-21), evento que um dia que teve lugar segunda-feira (29) em Nairobi, capital queniana, indicou um grupo de quatro Chefes de Estado e de Governo africanos com a missão de mobilizarem fundos para o desenvolvimento do continente.
Moçambique fez-se representar no evento por uma delegação chefiada pelo Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, em representação do Presidente da República, Filipe Nyusi.
Criada em 1960, o IDA é uma instituição do Banco Mundial que visa financiar os países em desenvolvimento de baixa renda inferior a 500 dólares per capita a taxas de juros e prazos concessionais.
Questionado pela imprensa moçambicana que o acompanha sobre a identidade dos chefes de Estado referidos, Maleiane indicou apenas o Presidente do Malawi, afirmando que os restantes serão conhecidos quando for emitido o comunicado final.
Sobre a importância missão dos chefes de Estado, Maleiane explicou é preciso ajudar o Banco Mundial a negociar com os doadores.
“Foram indicados quatro chefes de Estado que vão fazer este trabalho de advocacia de mobilização sobre a necessidade da alocação de fundos no âmbito de IDAI e este era o objectivo da cimeira”, disse.
Explicou que as necessidades dos países beneficiários, incluindo Moçambique, foram harmonizadas em três grupos. “Temos um grupo que tem a ver com o desenvolvimento do capital humano. Estamos a falar de escolas, educação e abastecimento de agua e também falamos de infra-estruturas que tem a ver com estradas, telecomunicações e pontes e tudo aquilo que facilita o transporte de mercadorias e comunicação que e’ muito importante”.
O governante chama a atenção para a questão de infra-estruturas em Moçambique, tais como estradas e pontes, pois além de resolver os problemas do país também resolvem os problemas dos países vizinhos que não têm acesso ao mar.
Por isso, disse Maleiane, “temos que ter infra-estruturas para também viabilizarmos as economias dos nossos vizinhos. A nossa responsabilidade é muito grande, razão pela qual vamos pedir o apoio dos financiamentos do IDA para a execução de projectos regionais”
Também existe a questão de mudanças climáticas, pois países como Moçambique precisam de um financiamento adicional para mitigação, mas também para a construção de infra-estruturas mais resilientes.
Maleiane explicou que durante o evento cada país tinha que explicar durante a sua intervenção a importância do IDA. Para o caso concreto de Moçambique referiu que, em 2015, o país assumiu vários compromissos em linha com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável que vão até ao ano de 2030.
Moçambique elegeu 17 que incluem a eliminação da pobreza. Ainda há muito para fazer, pelo que são necessários fundos concessionais para chegar a 2030 e dizer o seguinte “aquilo que nós prometemos com a cobertura das Nações Unidas conseguimos atingir que são os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
(AIM)
sg