
Trabalhadores marcham no 1º de Maio, em Maputo
Maputo, 01 Mai (AIM) – Milhares de moçambicanos saíram hoje a rua, em todo o território nacional, para celebrar o 1º de Maio e, mais uma vez, a OTM-Central Sindical voltou a exprimir a sua preocupação com a falta de sindicalização da função pública.
“Estamos preocupados com a não legalização do exercício sindical na administração pública, mesmo sendo constitucional o facto de o governo ter ratificado a convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho sobre o direito de sindicalização e relações de trabalho na administração pública”, disse Damião Simango, representante da OTM-Central Sindical”.
Asseverou que o movimento sindical não cessará a sua luta enquanto os trabalhadores da funcao pública não alcançarem a sua liberdade de associação.
Outra preocupação tem a ver com existência de empresas e instituições que descontam os trabalhadores para a segurança social, mas não canalizam os valores violando, deste modo, a lei e colocando em risco a vida dos trabalhadores e suas famílias depois da reforma.
A OTM-Central Sindical considera inconcebível que pessoas que, durante longos anos de trabalho deram o seu melhor para o desenvolvimento desta pátria, descontarem para a sua reforma do nada vêem-se mergulhados numa indigência perpétua, remetidas à precariedade e mendicidade por falta de protecção social.
Por isso, condena com veemência estes empregadores e chama a consciência para rapidamente regularizarem a situação social dos seus trabalhadores.
Aproveitou a oportunidade para condenar o terrorismo na província de Cabo Delgado que continua a ceifar vidas humanas, criar deslocados internos, bem como destruir infra-estruturas económicas e sociais.
Este terror cria igualmente o desemprego, pobreza absoluta, desespero e incerteza sobre o futuro dos residentes. “Desde já renovamos a nossa solidariedade e encorajamos o governo para que encontre a melhor fórmula para o restabelecimento da paz naquela zona do país”.
Num outro desenvolvimento, recordou que os moçambicanos vão às urnas em Outubro próximo para as eleições presidenciais legislativas e provinciais.
Explicou que o movimento sindical, em representação dos trabalhadores de Moçambique está a acompanhar atentamente todo o processo político. Sendo um assunto do nosso interesse dos trabalhadores, a OTM-CS vai analisar minuciosamente os manifestos dos partidos políticos.
Assim sendo, advertiu Simango, “apenas nos identificaremos com aqueles manifestos que, de forma clara transparente e inequívoca, defenderem a nossa causa, os nossos direitos inalienáveis, dos trabalhadores e o estatuto do movimento sindical que Moçambique.
No presente ano a data celebra-se sob o lema “Sindicatos juntos na luta contra a precariedade laboral e o elevado custo de vida”.
(AIM)
sg