
Presidente Filipe Nyusi discursa na sessao de abertura da 10a Conferencia e exposicao de energia e mineracao de Mocambique. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 02 Mai (AIM) – As forças do Ruanda e da vizinha Tanzânia vão continuar a combater o terrorismo na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, anunciou hoje o chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi.
Segundo o Presidente da República, as outras forças da Missão da SADC (SAMIM), que haviam sido destacadas para combater o terrorismo em Cabo Delgado, já começaram a abandonar o território nacional pelo facto de ter expirado o seu mandato.
“É de conhecimento público”, disse o Presidente, “que os nossos irmãos que nos apoiam, no caso concreto a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), estão de saída, depois de terem atingido uma fase crucial da estabilização da província”.
Explicou que já saíram as forças do Lesoto, e que também estão de saída os efectivos militares do Botswana e África do Sul. “Mas mantêm-se em Moçambique ainda a força da República da Tanzânia que coopera connosco da base bilateral e, também, os nossos irmãos do Ruanda”.
O chefe de Estado moçambicano considera a permanência das forcas tanzanianas e ruandesas como um acto que ilustra a continuidade dos esforços do Governo para a estabilização da província de Cabo Delgado, que é alvo de terroristas há cerca de seis anos.
Filipe Nyusi abordou o assunto na manhã de hoje (02), na cidade de Maputo, durante a abertura da 10ª Conferência e Exposição de Energia e Mineração de Moçambique (MMEC), um evento de dois dias, que decorre sob o lema “Parcerias para a Prosperidade: Desbloqueando os Recursos de Moçambique para Avançar o Crescimento Económico Nacional e Regional”.
Para o caso das forças sul-africanas, um grupo composto por quase 1.500 homens, a saída completa está prevista para Dezembro próximo, segundo uma carta do presidente daquele país vizinho, Cyril Ramaphosa, enviada ao parlamento sul-africano a 15 de Abril último.
Os ataques terroristas forçaram a multinacional petrolífera francesa TotalEnergies a suspender as obras para a implementação de um projecto bilionário para a instalação de uma fábrica de produção de gás natural liquefeito. Por isso, a estabilização das zonas afectadas é de vital importância para a retoma do projecto.
(AIM)
Sc