
10a Conferencia e exposicao de energia e mineracao de Mocambique. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 02 Mai (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, considera o sector da indústria extractiva de petróleo, energia e gás como plataforma para o crescimento económico e social do país.
O Chefe do Estado moçambicano sustenta a sua convicção com o crescimento do sector extractivo, estimado em 15,6 por cento, depois de ter registado 14,6 por cento no primeiro trimestre deste ano em termos homólogos, influenciado pelos sectores referidos.
No campo de extracção de gás natural, concretamente em Cabo Delgado, zona norte, na bacia do Rovuma, área 4, destaca-se o cumulativo de exportação de 3,35 milhões de toneladas de gás natural liquefeito (LNG) e 1,7 milhões de barris de gás condensado, enquanto que, nos campos de Pande e Temane, em Inhambane, zona sul, a produção de gás foi de 2,6 mil milhões de gigajoules e o condensado atingiu 8,4 milhões de barris.
No tocante a energia eléctrica, o país exportou no mesmo período cerca de 2,2 mil milhões de dólares norte-americanos, confirmando as expectativas de transformar Moçambique num pólo energético com base a vários projectos de geração energia em curso.
Nyusi deixou ficar essa abordagem hoje, na abertura da 10ª edição da Conferência e Exposição de Mineração e Energia de Moçambique, evento que contou com mais de 500 de líderes e profissionais do sector da indústria extractiva, incluindo públicos e privados, originários de mais de 20 países do mundo inteiro.
“Como se constata, a ilação mais óbvia é que o sector da indústria extractiva de petróleo, energia e gás tem proporcionado uma base sólida para a dinamização da economia com contributo significativo no Produto Interno Bruto”, disse Nyusi.
Destacou os projectos estruturantes no sector através de mobilização de investimentos, particularmente os de petróleo e gás de Inhassoro e Temane, província de Inhambane, zona sul, cujo o início de produção está previsto para Dezembro deste ano e a nova fábrica de produção de gás de cozinha que irá substituir cerca de 70 por cento das importações, são apontados como iniciativas de vulto no sector.
“O projecto Golfinho Atum, área 1, cujo a fase de desenvolvimento está suspensa por causa do terrorismo. O projecto Rovuma LNG área 4 Mamba on-shore, deverá progredir para a decisão final de investimento no próximo ano”, disse o chefe de Estado.
Anunciou que o contributo do sector extractivo na balança comercial é significativo, onde em termos cumulados, no período 2020-2024, o valor cifra-se em mais de 12,3 mil milhões de dólares norte-americanos num conjunto de produtos como carvão mineral, gás natural, areias pesadas, rubis, safiras e esmeraldas.
Face a estes números, Nyusi entende que a economia moçambicana continua a registar um ímpeto da retoma, tendo registado um crescimento de 5,1 em 2023 e com expectativa de alcançar um crescimento de 5,5 em 2024.
Refira-se que a edição deste ano da MMEC conta com a presença de membros do governo moçambicano e representantes do Congo, Botswana, Eswatini, Madagáscar e Malawi.
Os mesmos participaram numa mesa-redonda de alto nível, onde foi discutido o tema deste ano, “Parcerias para a Prosperidade: Desbloquear os Recursos de Moçambique para Avançar com o Crescimento Económico Nacional e Regional”.
(AIM)
PC/sg