
Maputo, 5 de Maio (AIM) – O Presidente da Frelimo, partido no poder em Moçambique, Filipe Nyusi, considera a escolha de Daniel Chapo como candidato presidencial do seu partido às eleições gerais agendadas para 9 de Outubro próximo como o fim das especulações sobre o terceiro mandato.
Nyusi reagia desta forma, pela primeira vez, sobre as especulações levantadas por vários círculos de opinião em torno de uma alegada pretensão sua de forçar um terceiro mandato e se manter no poder, contrariando a constituição moçambicana que prevê apenas dois mandatos presidenciais.
“Terminou a novela das especulações, incluindo a novela sobre o terceiro mandato”, disse Nyusi.
Realçou que não havia nenhuma razão para tal especulação, porque nunca houve motivo para tal pretensão.
“Não havia razão para tal especulação, a Frelimo respeita a lei”, disse Nyusi, no seu discurso de encerramento da sessão extraordinária que levou três dias para eleger o candidato presidencial pelo partido.
Segundo Nyusi, o partido escolheu um candidato com experiência de liderança e capaz de responder aos actuais desafios impostos pelas dinâmicas do país, num processo que considerou transparente e democrático, a julgar pelos resultados alcançados na votação, o que revela tratar-se de um candidato de consenso.
Realçou, ainda, que a escolha do candidato não se baseou em região ou origem, mas sim na sua capacidade para liderar os destinos da nação nos próximos anos, tendo em conta as necessidades, anseios e desejos dos moçambicanos.
Para Nyusi, com a eleição de Chapo como candidato às presidenciais, a Frelimo deu um grande passo na preparação da vitória nas eleições gerais de Outubro próximo.
Assim, desafiou os órgãos internos do partido a trabalharem arduamente, daqui para a frente, tendo em conta o tempo apertado para o escrutínio.
“A etapa a seguir são as eleições internas para a escolha dos candidatos para deputados na Assembleia da República, cabeças-de-lista para governadores provinciais e membros das assembleias provinciais. O segredo da nossa vitória está na união”, disse Nyusi.
Pediu a união de todos os membros da Frelimo em torno de Daniel Chapo, na marcha rumo ao sucesso nos próximos pleitos eleitorais, avisando aos camaradas que não existem vitórias antecipadas, numa clara exigência ao trabalho árduo no seio da sua formação política.
Considerou a Frelimo, a única força política no país que representou da melhor forma os interesses dos moçambicanos ao longo da história e continuará a desempenhar esse papel de forma integral.
Refira-se que, Daniel Chapo foi eleito na segunda volta das internas num escrutínio em que um dos seus principais oponentes, Roque Silva, desistiu, retirando a sua candidatura e renunciando, igualmente, ao cargo de Secretário-geral do partido.
Face a essa renúncia, a Comissão Política vai proceder à indicação de um substituto, enquanto se aguarda a eleição para a função.
(AIM)
Paulino Checo (PC)/dt