Chimoio (Moçambique), 11 Mai (AIM) – Um total de 207 agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) acabam de receber patentes de oficiais na cidade de Chimoio, província de Manica, centro do país.
Trata-se de membros promovidos às diversas categorias da PRM, com destaque para oficiais superiores e subalternos.
Um membro foi promovido a superintendente principal, dois a superintendente, outros dois a adjunto de superintendente, 58 inspectores principais, 28 inspectores e 117 a subinspector da polícia.
A cerimónia foi orientada pelo comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, que esta semana trabalhou na província.
O acto também marcou o lançamento das comemorações dos 49 anos de criação da polícia moçambicana que se assinalam próximo dia 17 de Maio.
Este ano, a data comemora-se sob o lema: PRM, 49 anos aprimorando capacidades de prevenção e combate a criminalidade, raptos, terrorismo, sinistralidade rodoviária e protecção dos pleitos eleitorais.
Na ocasião, Bernardino Rafael destacou o papel da polícia na prevenção da criminalidade e na defesa da pátria.
“Queremos dizer ao país que é esta polícia que sempre estará a trabalhar para a garantia da segurança, através do combate a criminalidade, acidentes de viação e outros males que enfermam a sociedade,” referiu Bernardino Rafael.
Lembrou que cada erro cometido no combate à criminalidade, na prevenção dos acidentes de viação e outro tipo de falhas é um aprendizado para a corporação.
Daí que, avançou o comandante, é preciso compreender que estas falhas resultam dos esforços que a polícia tem feito para garantir a segurança e ordem públicas.
“Todas as instituições do mundo crescem com críticas. A comunidade continua sendo a nossa melhor parceira porque sem ela não seriamos capazes de ter sucesso neste trabalho de combate ao crime,” acrescentou.
“Queremos que nos ajudem fazendo denúncias contras todos os males. Estamos preocupados com os fenómenos que acontecem nas comunidades, como é o caso de prática de justiça pelas próprias mãos. Não devemos enveredar por este mal porque só retarda o desenvolvimento,” referiu.
A prática de desinformação sobre os fenómenos naturais como é o caso da chuva que por vezes culmina com mortes e destruição de infraestruturas não deve ser permitida nas comunidades.
O fenómeno cólera também preocupa o governo. “São males que devem ser combatidos sem causar luto nos locais onde residimos.”
“Vamos trabalhar com a saúde para evitarmos esses males. Também há ocorrência de ataque às unidades policiais por conta da desinformação. Por vezes querem libertar um suposto criminoso. Não podemos deixar isso acontecer. Confiem na vossa polícia que trabalha para a vossa segurança,” afirmou o comandante-geral.
Vincou que “essa violência contra nossas unidades policiais retarda o esforço que temos feito no combate ao crime.”
“Deixem que os órgãos de administração de justiça trabalhem para esclarecer qualquer caso criminal,” anotou.
Apelou aos membros da polícia para exercerem fielmente a sua missão e o dever de garantir a ordem e segurança públicas, abandonando qualquer comportamento desviante.
“Não vamos perdoar aqueles que se desviam do dever fundamental de proteger a população para participarem em grupos criminosos. Todos os agentes da polícia envolvidos em situações criminosas serão expulsos da corporação,” advertiu.
Disse que a corporação vai “esticar” um pouco a corda da purificação das fileiras para evitar casos de membros envolvidos no mundo do crime.
Chamou atenção para a necessidade de os membros da polícia estarem atentos a desinformação, principalmente nas redes sociais para não se desviarem do foco de melhor servir a população.
“Circulam informações sobre muitos casos que acontecem na nossa sociedade. É importante que estejamos atentos para não cairmos na má actuação como servidores públicos. Não podemos ter polícias distraídos. Toda a informação que circula tem de ser analisada com maior cuidado para melhor servirmos a população,” sublinhou Bernardino Rafael.
(AIM)
NM/mz