Faixa de Gaza: MNE português não vê genocídio
Lisboa, 13 Mai (AIM)- O ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo da Aliança Democrática (AD), no poder em Portugal, Paulo Rangel, considera que seria injusto dizer que Israel pretende eliminar o povo palestiniano, mas admite uma catástrofe humanitária na região.
Paulo Rangel, um ex-eurodeputado do Partido Social-Democrata (PSD), falava em entrevista no fim de semana ao jornal espanhol “El País”.
Novo governo da AD, nova política externa sobre Médio Oriente
A reacção de Paulo Rangel vem provar o que alguns analistas políticos consideram de “ligeira alteração” da política externa do novo Governo da AD (PSD, CDS-PP e Partido Monárquico Português), no poder em Portugal, sobre a Faixa de Gaza.
Quando o Governo de maioria absoluta do Partido Socialista (PS), chefiado por António Costa, estava no poder, o posicionamento de Portugal sobre o conflito entre Israel e o Hamas era diferente. É nesse contexto que deputados do PS, Partido Comunista Português (PCP) e Bloco de Esquerda (BE) apelaram, em Dezembro de 2023, a cessar-fogo imediato no Médio Oriente.
Trata-se de mais de 20 deputados do PS, PCP e BE que subscreveram um apelo por um cessar-fogo “imediato, duradouro e sustentado” na Palestina e em Israel para acabar com a “actual escalada de violência”.
Israel não está a respeitar regras internacionais como potência ocupante
O especialista em Direito Internacional, Francisco Pereira Coutinho, não tem dúvidas de que Telavive já passou várias linhas vermelhas. Para este advogado, citado pela RTP, Israel está a violar o Direito Internacional, ao não fornecer à população refugiada condições adequadas de alimentação e saúde.
Francisco Pereira Coutinho considera que Israel está cada vez mais isolado, até porque, diz o especialista em Direito Internacional, a resposta norte-americana aumentou pressão internacional.
De acordo com os dados mais recentes, já morreram mais de 35 mil palestinianos na guerra na Faixa de Gaza.
(AIM)
DM