
Presidente do Conselho de Administração do M-pesa, Salimo Abdula
Maputo, 13 Mai (AIM) – A M-pesa, empresa de serviço de carteira móvel detida pela operadora de telefonia móvel Vodacom Moçambique, assegura que as facilidades de transacções financeiras que oferece não criam riscos de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, no norte do país.
Os gestores do M-pesa serviço de carteira móvel dizem ainda que as medidas impostas com vista a prevenir branqueamento de capitais, incluem a disponibilidade de uma equipa articulada e investimento em sistemas e modelos para detectar eventuais focos de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
“As nossas transacções, hoje, são extremamente seguras, inclusive com as nossas acções conseguimos identificar a todo e qualquer momento quais são as origens e nós fazemos essas análises”, disse o director geral do M-pesa, Sérgio Gomes.
Já o novo Presidente do Conselho de Administração, Salimo Abdula, frisou que o M-pesa opta por um compliance (conformidade) de segurança e cumprimento de regras de segurança que, muitas das vezes, prejudicam até o crescimento da empresa.
“Mas nós não vamos abdicar a mão neste compliance [de segurança]”, disse, acrescentando que um dos pontos ilustrativos vê-se nos limites de transacções através do M-pesa, actualmente situado em 25 mil meticais /dia (cerca de 392 dolares), e que os accionista da empresa não aceitam a extensão antes de garantir que todo protocolo de segurança tenha sido observado.
O M-pesa, um serviço disponível em Moçambique desde 2013 e cujo conselho de administração passou para a liderança de Salimo Abdula, empresário moçambicano, já movimentou mais de um bilhão de meticais em transacções económicas.
Refira-se que, o Governo moçambicano está neste momento a envidar esforços com vista a combater o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo que fustiga a província de Cabo Delgado desde Outubro de 2017.
Actualmente, apesar de se verificar progressos rumo a retirada do país nesta lista, Moçambique está há cerca de um ano na “lista cinzenta” do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), após terem sido detectadas lacunas no combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento de terrorismo.
O GAFI elaborou, na altura, uma lista de recomendações que Moçambique devia cumprir a saída na “lista cinzenta”, entre as quais 11 foram consideradas “urgentes”.
(AIM)
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