Lisboa, 14 Mai (AIM) – O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cancelou a visita programada para Portugal e Espanha para o final desta semana, alegadamente devido à “grave situação interna na Ucrânia”.
Face ao agravamento da “situação na Ucrânia”, Zelensky cancelou toda agenda que incluía passagens pela Bélgica, Portugal e Espanha, escreve a imprensa lisboeta, citando fontes não identificadas.
A visita do presidente ucraniano à Portugal foi anunciada esta segunda-feira por fonte do governo português que, entretanto, não especificou a data, alegadamente por “razões de segurança”
A mesma fonte acrescentou que a “deslocação do presidente ucraniano está prevista”, ainda assim não está totalmente confirmada,
No último domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, conversou por telefone com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, para reiterar o “apoio incondicional de Portugal” a Kiev.
Em comunicado, o MNE diz que Paulo Rangel “reiterou o apoio incondicional de Portugal à Ucrânia, em todas as suas dimensões, com particular enfoque no processo de adesão à UE (União Europeia)”. “O povo ucraniano pode sempre contar com Portugal”, segundo Rangel.
Esta terça-feira, a Rússia anunciou que conseguiu dominar a pequena cidade de Buhruvatka, na região de Kharkiv, como parte da ofensiva de Moscovo na região, segundo informações da agência de notícias russas “Tass”.
Com a ofensiva lançada na última sexta-feira, uma das mais significativas operações terrestres desde o início da “operação especial” em Fevereiro de 2022, as forças russas capturaram pelo menos nove aldeias e vão intensificando os esforços no sentido de alargar a linha da frente na região e estão a atacar novas áreas com pequenos grupos de assalto, segundo a “Euronews”.
Ainda esta terça-feira, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, chegou a Kiev, capital ucraniana, para uma visita destinada a reiterar o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia.
A visita visa “enviar um sinal forte para tranquilizar os ucranianos que estão claramente numa situação muito difícil, tanto devido à intensificação dos combates na frente oriental, mas também porque os russos estão agora a alargar os seus ataques transfronteiriços a Kharkiv”, disse uma fonte governamental norte-americana não identificada.
A deslocação, que não tinha sido previamente anunciada, ocorre algumas semanas depois de o Congresso dos Estados Unidos da América ter votado a favor da disponibilização de um pacote de 61 mil milhões de dólares (56,6 mil milhões de euros) para a Ucrânia. Uma ajuda que esteve bloqueada durante vários meses devido a questões políticas nos Estados Unidos, em pleno ano eleitoral.
(AIM)
DM