Chimoio (Moçambique), 15 Mai (AIM) – Pelo menos sessenta por cento dos mais de três mil quilómetros de estradas da província de Manica, centro de Moçambique, são transitáveis em todas as épocas do ano.
As vias em questão incluem zonas recônditas e de produção agrícola.
Apesar das boas condições de transitabilidade, o desafio é assegurar a permanente manutenção das estradas nos doze distritos da província de Manica.
A informação foi prestada esta quarta-feira (15), na cidade de Chimoio, pela governadora da província de Manica, Francisca Tomás, durante a reunião da Comissão Provincial de Estradas.
“O nosso apelo é que se faça a manutenção permanente das estradas para facilitar o escoamento de produtos agrícolas dos campos de produção até aos mercados”, disse Francisca Tomás.
Segundo a governadora “é a partir dos campos de produção agrícola que podemos incrementar a economia da província”.
Para isso, acrescentou, “precisamos ter boas estradas e em melhores condições de transitabilidade em todas as épocas do ano”.
“Estamos aqui reunidos para reflectirmos sobre as estradas da província e juntamente desenharmos um plano de manutenção”, referiu.
Explicou que a reunião tem como objectivo partilhar as experiências, práticas e estratégias para a busca de melhores soluções para a durabilidade das estradas da província de Manica.
“A nossa atenção está virada para aquelas estradas que ligam os centros de produção ao mercado. Refiro-me desde o campo até às cidades e vilas. Também temos aquelas vias que são usadas por veículos de longo curso”, anotou Francisca Tomas.
No encontro que juntou na mesma sala os sectores da Administração Nacional de Estradas (ANE), Fundo de Estradas, e outros intervenientes nesta área, Tomás afirmou ser importante que o governo tenha um plano harmonizado que reflicta as prioridades e as reais necessidades de intervenções que poderão acontecer na rede de estradas ainda este ano, em Manica, tendo em consideração a insuficiência de fundos.
Na ocasião, Francisca Tomás apelou aos governos distritais e aos conselhos autárquicos para o uso racional e integral dos fundos disponibilizados para a manutenção das estradas, olhando sobretudo para a qualidade das obras e a sua durabilidade.
“Não queremos ouvir que receberam dinheiro e usaram para outros fins. Garantam a qualidade das nossas vias porque é assim que podemos desenvolver a província. Com melhores estradas, podemos atrair mais investimentos e alavancar a economia de Manica”, sublinhou.
Apelou para que se aposte em empreiteiros que possam garantir estradas de melhor qualidade. “Esse é o nosso principal desafio como governo comprometido com o bem-estar dos moçambicanos”.
A província de Manica tem cerca de três mil quilómetros de rede de estradas, entre asfaltadas, terraplanadas, primárias, secundárias e terciárias.
(AIM)
NM/mz