
Comida confeccionada na rua
Maputo, 15 Mai (AIM) – O Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM), capital moçambicana, lançou uma campanha para a sensibilização e retirada de cidadãos que confeccionam e vendem alimentos nos passeios.
Segundo a vereadora da Saúde, Qualidade e Vida, Alice de Abreu, a campanha tem como principal alvo os vendedores que não reúnem condições mínimas de higiene, saúde e segurança para o exercício da actividade.
Abreu reiterou que a medida surge depois de a cidade de Maputo registar 10.155 casos de diarreias, que deram entrada no Hospital Central de Maputo (HCM), de 01 de Janeiro até domingo último por intoxicação alimentar.
“Os alimentos são confeccionados sem a observância das condições mínimas de saneamento e higiene, propiciando o acúmulo de resíduos sólidos nos locais onde é realizada”, advertiu, em conferência de imprensa.
Explicou que a falta de condicoes de higiene concorre para o aumento de doenças infecto-contagiosas e, grande parte delas tem como sintomas diarreias.
“A forma como estes alimentos são preparados, conservados e vendidos, facilitam a ocorrência de intoxicação alimentar e outras doenças que podem colocar em risco a vida dos munícipes de Maputo”, advertiu.
Preocupado com a situação, o vereador das Actividades Económicas e Turismo, Alexandre Muianga, disse que o município tem estado a realizar acções de sensibilização a cidadãos que usam fogões para confeccionar alimentos na via pública.
“Põem em risco, não só, a saúde pública, mas também, danifica a via pública e sobrecarregam os contentores de lixo na cidade de Maputo”, acrescentou.
Já o Comandante da Polícia Municipal, Ernesto Zwalo, disse que a campanha prevê a retirada, numa primeira fase, de cerca de 1.000 vendedores que confeccionam e vendem alimentos nos passeios. A posterior, serão abrangidos também, outros vendedores, cuja actividade constitui um atentado à saúde pública.
“Nós temos cerca de 5.000 bancas disponíveis nos mercados municipais, para enquadramento dos vendedores nos mercados municipais, que exercem as suas actividades nos passeios”, destacou.
Apelou aos vendedores para contactarem as direcções dos mercados ou as autoridades municipais para o devido enquadramento nos mercados municipais, e “imediata retirada de fogões na via pública”.
“Nós não permitiremos que fogões continuem nos passeios, porque criam muitos riscos. As viaturas estacionadas, por exemplo, podem causar incêndios”, concluiu.
(AIM)
NL/sg