Maputo, 15 Mai (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, reconhece o apoio e colaboração que o sector privado tem dado no combate aos raptos, que têm como principais vítimas empresários de origem asiática, em Moçambique.
Nyusi manifestou o seu apreço discursando hoje em Maputo, na abertura da XIX Conferência Anual do Sector Privado (CASP), evento de três em curso na capital moçambicana.
O estadista assegurou que as autoridades competentes já estão a trabalhar com outros países mais experientes de forma a combater as redes criminosas que se dedicam ao rapto de empresários.
“Quero mais uma vez deixar bem claro que temos tido grande interesse de colaborar por parte do sector produtivo de uma forma restrita, e estamos a fazer algum trabalho com os países que têm muita experiência neste sentido”, disse no evento.
“Normalmente não se pressiona no sentido de que o resultado tem de vir hoje ou amanhã”, alertou.
O Chefe de Estado diz que o combate ao mal é um processo que deve envolver não só o sector privado, mas todos os intervenientes da sociedade.
“O criminoso pensa em cometer crime e nós temos de pensar mais do que ele e há um esforço que temos de fazer no sentido das políticas (envolvendo) todas as forças vivas da sociedade”, sublinhou.
O último rapto no país ocorreu no último fim-de-semana em Maputo e a vítima é um cidadão de origem asiática raptado à luz do dia, numa acção antecedida por tiros.
A vítima é proprietária de uma farmácia na Avenida Joaquim Chissano, no mesmo local onde o crime ocorreu. É o quarto rapto registado no país desde o início do ano.
Refira-se que o sector privado, através da Confederação das Associações Económicas (CTA) disse ainda no início desta semana, que a onda de raptos no país e a dificuldade das autoridades em combater o crime está a minar, cada vez mais, o ambiente de negócios no país.
A CTA referiu que o mal impacta negativamente o empresariado local, que se vê cada vez mais condicionada com a intensificação de raptos no país e, por isso, pede a colaboração do governo para garantir a segurança de modo a assegurar um bom ambiente de negócios no país.
(AIM)
CC/sg