
Ossufo Momade, Presidente da Renamo
Maputo, 15 Mai (AIM) – O líder da Renamo, Ossufo Momade, repudia a atitude de alguns membros de querer transformar aquele maior partido da oposição em Moçambique num campo de batalha e para fins desconhecidos.
Falando durante a cerimónia de abertura do VII congresso, evento de dois dias que tem lugar no município de Alto-Molócuè, província central da Zambézia, Momade disse que cabe a Renamo provar que é uma escola da democracia, pois assim, todos os membros sairão a vencer.
“Lamentamos profundamente que alguns membros do partido pretendam transformar a Renamo num campo de batalha para fins inconfessáveis”, disse, acrescentando que “o congresso deve ser uma verdadeira escola da democracia”.
Durante o evento, os delegados vão eleger novos órgãos colegiais, incluindo o presidente da Renamo. São dez candidatos que concorrem ao mais alto cargo do partido, incluindo o actual líder que concorre para a sua sucessão.
Trata-se de Ivone Soares, ex-chefe da bancada parlamentar da Renamo na Assembleia da República (AR) o parlamento moçambicano. Soares é sobrinha de Afonso Dhlakama, que liderou a Renamo desde 1979 até à sua morte por diabetes, em 2018.
O irmão mais novo de Dhlakama, Elias Dhlakama, que é coronel na reserva das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, também é candidato para substituir Momade.
Os outros candidatos são o antigo secretário-geral da Renamo, André Magibire, dois membros da Comissão Política da Renamo, Hermínio Morais e Alfredo Magumisse, o chefe do Departamento de Formação, Anselmo Victor, o presidente do Conselho Provincial de Tete do partido, Juliano Picardo, e Pedro Murema, membro do conselho provincial da cidade de Maputo da Renamo.
O décimo candidato é Venâncio Mondlane, que está excluído do congresso, foi o cabeça-de-lista da Renamo para presidente do Municipal de Maputo nas eleições autárquicas de 2023.
No entanto, Momade disse que o congresso deve efectuar uma profunda radiografia da actividade política da Renamo e definir as estratégias do partido para os próximos cinco anos, focada nas eleições gerais, a terem lugar a 09 de Outubro próximo.
“Outro sim, motivo para ser selectivo, não deve haver perdedores porque todos seremos vencedores; terá ganha a democracia, a Renamo e Moçambique”, afirmou.
Por isso, Momade apelou que cada membro encare o evento como base privilegiada do exercício democrático, expurgando os membros que se pregam em interesses individuais.
Ao terminar o congresso, o líder da Renamo espera que os membros respeitem os órgãos a serem eleitos para que se cumpra com os seus objectivos que se resumem em “ganhar eleições”.
“Podemos sim, transformar este momento em festa e afirmação de todos”, disse.
Participa um total de 611 congressistas, incluindo mais de 200 convidados.
(AIM)
Ac/sg