
Presidente da República, Filipe Nyusi (a direita), recebe em audiência Makhtar Diop, Director da International Finance Corporation, em Kigali.
Kigali, 16 Mai (AIM) – A Corporação Financeira Internacional (IFC), braço de investimentos do Banco Mundial, afirma estar interessado em financiar o sector de biocombustíveis, tendo em conta o elevado potencial que o país dispõe.
O interesse foi manifestado hoje, pelo director executivo do IFC, Makhtar Diop, minutos uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, hoje, em Kigali capital de Ruanda, a margem do Africa CEO Fórum.
“Foi um prazer encontrar com o senhor Presidente da República e falar da cooperação entre Moçambique e o IFC. Discutimos vários aspectos, sobretudo investimentos no sector de biocombustíveis”, disse Diop, falando à imprensa, minutos após o término de uma audiência que lhe foi concedida pelo estadista moçambicano.
Segundo a fonte, não foram avançados números em termos do volume de investimento, mas assegura que ficou o compromisso das partes em desenvolver programas concretos através do sector privado nacional para explorar este segmento energético, olhando para as potencialidades que o país oferece no sector.
“Não falamos de valores, pois isso vai depender dos projectos que o país vai apresentar através do sector privado. Imediatamente, iremos fazer investimentos no sector de biocombustíveis”, assegurou a fonte.
O IFC entende que os projectos de biocombustíveis são viáveis mediante um forte suporte do governo, através da adopção de políticas adaptadas ao contexto moçambicano, numa clara a alusão incentivos fiscais para incentivar produção da matéria-prima com vista a assegurar preços competitivos as biocombustíveis.
Mostrou igualmente o compromisso do banco em apoiar os países em vias de desenvolvimento a materializar projectos de impacto nos sectores de agricultura, energia, apoiando os esforços do país para prover a electricidade para a população, como pilar central sobre a qual várias outras iniciativas económicas poderão se materializar.
Realçou que, aquela a IFC encara com uma atenção particular o sector de infra-estruturas para apoiar a produção agrícola e toda sua cadeia de valor em Moçambique, considerado como a base para o crescimento económico do país.
Sobre o assunto, Onório Manuel, director-geral do Parque Industrial de Beluluane (MozParks) disse “estamos aqui para atrair investimento e não poderia existir melhor ocasião como esta aqui em Kigali”. que o parque nacional oferece.
Refira-se que em Março de 2022, a petrolífera italiana Eni e o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), através do Instituto do Algodão e Oleaginosas de Moçambique, IP (IAOM), celebraram um acordo de cooperação e desenvolvimento de projectos agrícolas em Moçambique, com o objectivo de produzir sementes oleaginosas e óleos vegetais que serão usados como matéria prima para a produção de biocombustíveis.
A produção de bioenergia moderna em Moçambique está numa fase embrionária. Mas afigura-se como fontes promissoras de bioenergia, de longo prazo, com potencial para minimizar os impactos ambientais e as preocupações de segurança, representadas pela dependência actual dos combustíveis fósseis.
(AIM)
PC/sg