Maputo, 18 Mai (AIM) – O ministro moçambicano do Interior, Pascoal Ronda, reconhece existirem dificuldades financeiras para as despesas de funcionamento da Academia de Ciências Policiais (ACIPOL), o que poderá impactar negativamente na segurança interna do país.
Falando durante a cerimónia de lançamento de quatro livros sob chancela da ACIPOL, um evento que teve lugar esta semana na cidade de Maputo, Ronda explicou que à busca de mecanismos para dar continuidade ao funcionamento da Academia constitui um premente desafio para se ultrapassar a actual crise.
Os problemas financeiros que actualmente se verificam na ACIPOL são, segundo o ministro, a repercussão dos que estão no Ministério do Interior, que se resumem na falta das despesas de funcionamento.
“Reconhecemos os desafios que o Ministério do Interior e, por conseguinte, a ACIPOL, enfrentam neste momento delicado em que o país se encontra, tanto em termos de segurança como de dificuldades financeiras”, disse.
“É necessário unir esforços e buscar soluções criativas e inovadoras para enfrentar esses desafios e garantir a continuidade das actividades da ACIPOL”, referiu.
O ministro desafiou aos gestores da ACIPOL a empreenderem esforços na busca de soluções eficazes e sustentáveis para o futuro da Academia.
O ministro pode estar a antever uma paralisação na formação superior dos polícias, como está a acontecer na Escola Prática de Matalane (EPM), no distrito de Marracuene, província meridional de Maputo.
Desde 2023 que o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) suspendeu a formação de polícias na EPM devido à falta de dinheiro para o seu funcionamento.
Criada há 25 anos, para além da formação, a ACIPOL dedica-se também na pesquisa, extensão e inovação universitária.
(AIM)
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