
Lançamento do projecto "Raparigas Africanas Podem Codificar
Maputo, 20 Maio (AIM) – O Campus da Universidade Pedagógica de Maputo acolhe, a partir de hoje (20), a formação de um grupo de 60 raparigas, de 17 à 25 anos de idade, proveniente da provinciais de Inhambane, Gaza e Maputo, no âmbito da edição 2024 da iniciativa “Raparigas Africanas Podem Codificar “.
Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Daniel Nivagara, o projecto tem entre vários objectivos, formar e capacitar raparigas jovens que queiram abraçar a carreira de programadores, criadores e designers de computadores.
A iniciativa, que conta com apoio financeiro do governo da Bélgica, em parceria com Ministério de Ciência,Tecnologia e Ensino Superior, ONU Mulheres em Moçambique, Ministério do Género, Criança e Acção Social e outros, irá contribuir para que esta camada social possa trilhar no caminho certo, iniciando os estudos e carreiras na área das Tecnologias de Informação e Comunicação.
“É assim, que aqui no Campus de Lhanguene da UP-MAPUTO terá lugar a formação no âmbito da iniciativa African Girls Can Code (AGCCI, cujo objectivo é promover a literacia digital “, disse Nivagara.
A iniciativa também vai contribuir para suscitar interesse no decurso do processo formativo de modo a dedicarem-se às Tecnologias de Informação e Comunicação nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM).
“Cerca de 47% da população do ensino superior é do género feminino e nas áreas científicas apenas 26,6 % dos estudantes do ensino superior frequenta cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática”, disse a fonte.
Por seu turno, o reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Ferrão, fez saber a iniciativa African Girls Can Code (AGCCI) constitui um passo importante para corrigir a disparidade e oportunidades.
“As raparigas enfrentam igualmente o problema do acesso limitado à educação de qualidade, para além do assédio e discriminação”, disse Ferrão.
Por outro lado, essas raparigas irão dar o seu contributo no desenvolvimento sócio económico das comunidades.
Em Moçambique, muitas mulheres enfrentam uma série de desafios ao buscar conhecimentos em Ciências e Tecnologias.
Participaram no evento o Director de Actividades Económicas da Cidade de Maputo, representantes da ONU Mulheres em Moçambique, representantes da embaixada da Bélgica, Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Agências e Organismos das Nações Unidas, Comissão da União Africana (CUA), União Internacional das Telecomunicações (UIT) do governo da Bélgica, entre outros.
(AIM)
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