
Arnaldo Chalaua da Renamo fala a comunicacao social. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 24 Mai (AIM) – A Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, anunciou hoje que decidiu proibir Venâncio Mondlane, de fazer uso dos símbolos desta formação política quando estiver a promover a sua candidatura a presidente da República como independente.
Venâncio Mondlane foi o candidato da Renamo para eleições autárquicas na cidade de Maputo e derrotado nas urnas por Rasaque Manhique, candidato da Frelimo partido no poder.
Mondlane está de costas viradas com a liderança do partido por causa da sua pretensão de concorrer como candidato presidencial da Renamo.
A decisão foi tomada pelo Conselho Jurisdicional da Renamo reunida na sua primeira sessão na cidade de Maputo, no dia 20 de Maio corrente, após tomar conhecimento através dos órgãos de comunicação social da pretensão de Mondlane de concorrer às eleições presidenciais de 9 de Outubro próximo.
Falando em conferência de imprensa, nesta sexta-feira (24), o presidente do Conselho Jurisdicional da Renamo, Arnaldo Chalaua, disse que o órgão deliberou o uso único e exclusivo dos símbolos da Renamo apenas para os fins achados convenientes pelo próprio partido.
Também proibiu o uso indevido das insígnias, símbolos e outros distintivos em apoio ou promoção de outros partidos ou candidatura diferente a da Renamo.
Proibiu ainda o uso de espaços, prédios rústicos, delegações e todos os meios móveis ou imóveis para a promoção de actos contrários ao partido.
Chalaua sublinhou que, o direito reservado a Renamo não deve ser usado por um terceiro alheio com outros fins diferentes daqueles do partido.
“Não se deve promover uma determinada candidatura usando bandeiras, insígnias, instintivo, são de uso exclusivo do partido e é expressamente proibido”, disse.
Considerou oportuno alertar a todos cidadãos, partido ou grupo de cidadãos organizados, que queiram concorrer às eleições, a respeitarem os símbolos do partido.
Sublinhou que o comunicado já é do conhecimento do Ministério da Justiça (MJACR) porque “a Renamo é uma marca para se respeitar, por isso, vamos fazer valer o direito reservado a este grande partido, que não é novo e possui uma capacidade sobejamente conhecida”.
Chalaua considerou nula a pretensão de ocupar qualquer lugar, quer de Presidente da RENAMO, do Conselho Jurisdicional, membro do Conselho Nacional, de delegado à Comissão Politica Nacional, após a legalização do congresso,
“Não tendo sido eleito, significa dizer `já venceu o prazo´, não nos resta outra coisa, senão nos conformarmos”.
Num outro desenvolvimento, esclareceu não haver espaço de qualquer manifestação em repúdio a Ossufo Momade, porque por eleição já foi efectivamente declarado concorrente nas próximas eleições presidenciais.
“Cada um vai vender o peixe que acha melhor. Vendam as imagens dos partidos ou nomes que acharem convenientes, sem pôr em causa aquilo que é da competência do partido Renamo”, disse.
(AIM)
NL/sg