
Profissionais de saúde
Maputo, 27 Mai (AIM) – A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) manifesta a sua apreensão com aquilo que considera de falta de vontade do Governo para resolver as questões que inquietam a classe e, deste modo, acabar com a greve.
Trata-se entre outros da falta de luvas, combustível para ambulâncias, medicamentos e alimentação adequada, remuneração inadequada, etc
A associação também queixa-se de vários membros que estão a ser alvos de ameaças, por terem aderido à greve em diferentes cantos do país.
“Podemos provar a nossa desconfiança quanto à vontade do Governo de cumprir com os acordos firmados com a APSUSM na medida em que continua seviciando o profissional de saúde de várias formas. A primeira para citar como exemplo é a transferência do profissional ou ameaça deste acto para a periferia que é um local distante do local em que o profissional se encontra a trabalhar actualmente”, apontou.
Disse que o processo ocorre sem justificação da pretensão da transferência e sem que a entidade para onde o funcionário se destina saiba do assunto.
“O exemplo recente que podemos citar é de uma funcionária do Centro de Saúde Machava 1, em Maputo, que está sendo transferida por ter aderido à greve cuja guia foi passada pelo responsável da Unidade Sanitária e não lhe foi apresentada uma ordem de serviço a manifestar esta pretensão”, explanou.
Disse que o mesmo ocorreu em Inhambane, onde profissionais de saúde foram solicitados a comparecer na Procuradoria “pelo mesmo motivo de terem aderido à greve”.
“Aliás, Inhambane é campeão nestas situações, pois este não é o primeiro caso que podemos citar”, sublinha.
A associação acusa ainda o Governo de usar estudantes, estagiários para substituir os profissionais e com contratos de dois meses, tempo que segundo a associação terá sido equacionado com a provável duração da greve.
“Mais uma vez, como se pode depreender, são manobras de quem não quer efectivamente solucionar os problemas do Sistema Nacional de Saúde”, afirma a
APSUSM.
A greve dos profissionais de saúde completa no próximo dia 29 Maio, 30 dias de sua vigência, e a 01 de Junho próximo, vai completar um ano desde o início das reivindicações desta camada ao Governo.
(AIM)
CC/sg