Aparelhos de ar condicionado
Maputo, 10 Jun (AIM) – O governo moçambicano vai banir a entrada de geleiras, congeladores, aparelhos de ar condicionado e outros equipamentos que funcionam com gases nocivos e perigosos para a camada de Ozono, particularmente o gás R22, com efeito a partir do ano de 2025.
“A camada de ozono, muitas vezes é destruída por gases de efeitos de estufa e auto-gases que nós temos nos nossos equipamentos. Por isso, será proibida a importação de equipamentos que usam esses gases que são hidroclorofluorocarbonetos”, disse Jadwige Massinga Directora Nacional das Mudanças Climáticas, no Ministério da Terra e Ambiente.
A declaração foi expressa no quadro da reunião dos oficiais de países africanos de expressão inglesa, que juntou hoje (10), em Maputo, quadros dos Ministérios de Negócios Estrangeiro e Cooperação, da Saúde, do Interior, da Indústria e Comércio, Minerais e Energia.
Neste momento estão em uso no país geleiras, congeladores e ar condicionados que funcionam com gás R134a, R404A, R406A, R407c, R408A, R410A, que são tidos como gases destruidores e nocivos às mudanças climáticas.
Como alternativa os governos africanos e da região vão permitir apenas a importação de geleiras, congeladores e ar condicionados que funcionam com os gases R290, R744. Para o sector da indústria será utilizado o gás R717, considerados amigos do clima.
Moçambique tem 68 empresas licenciadas para importação de gases de equipamentos de refrigeração e climatização.
“O país importou nos últimos anos cerca de 400 mil congeladores, mais de 500 mil geleiras e mais de 100 mil ar condicionados, sugerimos que a velocidade tida na importação de tecnologias, seja a mesma para precaver os custos para tratamento e destruição dos resíduos em causa”, disse Massinga.
Patrick Salifa, representante do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (NEP), recomenda o governo de Moçambique a fazer revisão dos regulamentos de importação dos equipamentos que foram e serão banidos.
“É necessário dizer ao público que não deve entrar no país isto e aquilo, falarmos aos importadores que caso forem ao exterior devem comprar este ou aquele tipo de equipamento”, disse Salifa.
(AIM)
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