Maputo, 12 de Nov (AIM) – As manifestações, acompanhadas pela paralisação das actividades económicas e vandalização de bens públicos e privados registadas em todo o país, causaram um prejuízo de pelo menos 24,8 mil milhões de meticais (388,1 milhões de dólares) a economia nacional.
O prejuízo, que afectou as unidades produtivas, fez-se sentir com maior incidência nos sectores do comércio, logística e transportes, um desenvolvimento descrito como uma forte ameaça para o cumprimento das metas de crescimento anual da economia nacional.
“Com esta onda de manifestações, acompanhado pelas paralisações da actividade económica, constatámos que os sectores do comércio, restauração, da logística e transportes, forma os mais afectados, sendo que as perdas totais e o impacto no Produto Interno Bruto (PIB), totalizam cerca de 24,8 mil milhões”, disse Agostinho Vuma, presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Vuma falava hoje (12) em Maputo, em conferencia de imprensa para apresentar um estudo sobre os Impactos das Manifestações no Sector Empresarial e auscultação sobre as propostas de Medidas de Mitigação a serem submetidas ao Governo.
As manifestações marcadas também por arrombamentos às unidades empresariais, segundo a CTA, afectaram cerca de 151 unidades empresariais em todo o país, das quais 80 por cento na cidade de Maputo e Matola.
As vandalizações tiveram um custo de cerca de 45,5 milhões de dólares norte-americano e colocaram em risco mais de 1.200 postos de trabalho, de forma directa, devido ao nível de vandalismo a que essas unidades empresariais foram sujeitas”, referiu.
Como resultado da interrupção do tráfego no Corredor de Maputo, do lado da fronteira moçambicana, registou-se uma queda de 1.100 camiões que atravessavam a fronteira de Ressano Garcia por dias, para cerca de 300 camiões.
A CTA diz ainda que, no sector financeiro, para além da redução da procura de crédito, incumprimento de obrigações creditícias e aumento do tempo médio de resposta de serviços aos clientes, reduziram as transacções no mercado cambial em 75,3%, onde de uma média de cerca de 60 milhões de dólares, caiu para cerca de USD 14 milhões, nos dias 24 e 25 de Outubro, só para citar alguns impactos.
Com relação ao encerramento das grandes lojas como a Shoprite, na sequência das vandalizações, o presidente da CTA esclareceu que tal é apenas uma medida encontrada para dar lugar ao recondicionamento das lojas e fazer a reposição do stock saqueado.
Ao todo foram cerca de 11 estabelecimentos saqueados, das quais 10 na cidade e província de Maputo e Matola, e uma na província central de Tete.
(AIM)
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