Chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, recebe em audiência presidente da Fundação Rockefeller
Maputo, 22 Set (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, manteve este domingo (21) encontros separados com a Fundação Rockefeller e o Corporate Council on Africa (CCA), visando reforçar parcerias para acelerar a transição energética e atrair mais investimento estrangeiro para Moçambique.
As audiências tiveram lugar em Nova Iorque, onde o Chefe de Estado recebeu o presidente da Fundação Rockefeller, Raj Shah, e a presidente e directora executiva do CCA, Florizelle Liser.
As reuniões enquadram-se nos esforços do Governo para consolidar parcerias internacionais e promover o crescimento económico sustentável do país.
Durante os encontros, Chapo sublinhou a importância de fortalecer a cooperação internacional em sectores estratégicos como energia, agricultura, turismo, minerais críticos e tecnologia, reiterando o compromisso de Moçambique em criar um ambiente favorável ao investimento.
À margem do encontro, a Fundação Rockefeller manifestou interesse em apoiar Moçambique na transição energética e no uso eficiente dos recursos naturais.
“É um prazer estar aqui a falar com o Presidente, porque Moçambique é um país muito importante no continente africano e queremos ser parte do desenvolvimento económico usando os recursos naturais do país eficientemente”, afirmou o representante da Rockefeller, Woochong Um.
Além disso, garantiu estarem organizados para apoiar os países em desenvolvimento a fazer a transição energética, “porque a energia é a base da prosperidade económica”.
Woochong Um destacou ainda a ambição de Moçambique em se tornar um pólo regional de energia e realçou a importância da Missão 300 (M300), iniciativa que reúne várias organizações internacionais para acelerar a transição energética, melhorar o acesso à energia e promover soluções sustentáveis que impulsionem o crescimento económico e o bem-estar social.
“Eu entendo que o Presidente falou sobre a Missão 300, que o Banco Africano de Desenvolvimento, a Rockefeller, a Aliança Global de Energia e a Energia Sustentável estão a trabalhar juntos com o Governo para conectar milhões de casas a energia limpa, para que elas possam ter educação e agricultura, que são muito mais produtivas”, acrescentou.
Woochong Um sublinhou ainda o papel da filantropia na mobilização de recursos e conhecimento técnico. “Nós somos a filantropia que traz esse ângulo adicional para o conhecimento e os recursos financeiros, para poder proporcionar apoio que pode investir em projectos e programas necessários nos países em desenvolvimento.”
Por sua vez, Liser destacou a importância do investimento estrangeiro para o crescimento económico de Moçambique.
“Durante a reunião Sua Excelência, o Presidente Chapo falou sobre a importância de convidar investidores a virem investir em Moçambique, em todos os sectores importantes, incluindo petróleo, gás, agricultura, turismo, minerais críticos, etc.”, disse.
Liser salientou a presença de empresas norte-americanas no país. “Nós estamos felizes de ter empresas dos EUA que estão a investir em mineração, em minerais críticos, em energia, em açúcar, em tecnologia, em fintech e no sector da saúde. Então, isso é o que nós estamos a oferecer para o CCA ser um parceiro de Moçambique em encorajar e facilitar o investimento para o país”.
O CCA é a principal associação empresarial dos Estados Unidos dedicada a fortalecer relações comerciais com África, promovendo legislação favorável, incentivando parcerias privadas e apoiando investimentos em áreas como agronegócio, energia, saúde, tecnologia e segurança cibernética.
Liser reforçou o entusiasmo dos investidores norte-americanos relativamente a Moçambique.
“Eu acho que os membros do Conselho Corporativo em África e todos os empresários privados que estão a trabalhar no continente, mas particularmente em Moçambique, estão muito ansiosos para este capítulo em relação às relações entre os EUA e Moçambique”.
Os encontros do Presidente Chapo reflectem a estratégia do Governo moçambicano de consolidar parcerias internacionais, acelerar a transição energética e atrair investimentos para sectores estratégicos, reforçando o papel do país como pólo regional de crescimento económico sustentável e inovação.
(AIM)
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